A Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária (Seapa) confirma que o caso de mormo registrado no início de junho no Rio Grande do Sul não irá interferir na Semana Farroupilha 2015. Embora a realização da maior festa do tradicionalismo gaúcho esteja assegurada, o Departamento de Defesa Agropecuária se mobiliza para promover fiscalizações durante as comemorações no mês que vem. Hoje uma das exigências para emissão da Guia de Transporte Animal (GTA), segundo determinação do Ministério da Agricultura (Mapa), é o exame negativo para mormo, que deve ser apresentado por todos os proprietários de equinos.
Segundo a médica veterinária Cintia Andrade, da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Cruz do Sul, o trabalho de monitoramento será feito por amostragem, conforme a capacidade de cada unidade. “As fiscalizações vão acontecer em todo Estado”, garante. No escritório local, subordinado à Regional Rio Pardo, três veterinários e um auxiliar rural estão escalados para o serviço. A especialista destaca que ainda há tempo de sobra para os criadores providenciarem o exame negativo de mormo, que leva em torno de 15 dias para ficar pronto. “O importante é não deixar para a última hora”, reforça.
Como ainda não há vacina ou tratamento eficaz para a moléstia, os proprietários de cavalos devem possuir o diagnóstico negativo para poderem transitar com os animais. A análise tem validade de 60 dias e somente pode ser feita por veterinários cadastrados na Seapa – são sete habilitados em Santa Cruz. A listagem dos profissionais está disponível no site www.agricultura.rs.gov.br ou pode ser consultada nas inspetorias veterinárias. Um laboratório gaúcho está em processo de liberação para que possa realizar o teste, mas atualmente todas as amostras ainda são encaminhadas para outros estados.
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Conforme Cintia, é fundamental a conscientização dos criadores, já que a mormo é uma doença que não tem cura. O maior agravante é que pode ser transmitida para humanos, provocando a morte em mais de 95% dos casos. A médica veterinária lembra que a multa por equino sem GTA chega a R$ 1,5 mil. Para quem promove evento com aglomeração de cavalos sem cadastro na Inspetoria de Defesa Agropecuária, a punição é bem mais pesada: a taxa é de 3 mil UPFs, o equivalente a R$ 46 mil. “É importante que os organizadores cadastrem as promoções onde houve concentração de equinos. É simples, rápido e sem custos”, destaca.
O presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos (NCCC) de Santa Cruz do Sul, Tibicuera Menna Barreto de Almeida, explica que a recomendação da entidade aos criadores é para que sempre observem a sanidade de seus cavalos.
“Sempre indicamos para que cabanhas, hospedarias e outros estabelecimentos tenham um veterinário responsável que faça uma verificação periódica nos animais”, explica. Na Cabanha Rancho de Gaudérios, de sua propriedade, o cuidado com a criação é constante. Advogado de profissão, paralelamente Almeida se dedica à criação de cavalos há dez anos na localidade de São José da Reserva.
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