O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, defendeu nesta quarta-feira, 15, um preço justo para as contas de luz, por meio da redução dos subsídios pagos pelos consumidores. “Temos que encontrar outro modelo, em que as pessoas entendam a conta. Não dá para termos um volume alto de subsídios que sequer passa pelo orçamento. As pessoas não podem pagar pelo que não consomem, e sem saber disso”, afirmou, na cerimônia de posse de novos diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
Ele avaliou que o setor elétrico precisa encontrar fontes de financiamento para a geração eólica e fotovoltaica, semelhantes às que já existem para a geração hídrica. Hoje boa parte dos custos dessas fontes são cobertos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), rateada entre todos os consumidores nas contas de luz.
Em discurso de posse, o novo diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, avaliou ser difícil regular o setor elétrico, que demanda investimentos em geração, transmissão e distribuição. “Cabe ao regulador promover um ambiente estável, sem incertezas regulatórias, e que dê confiança para que os investidores coloquem seus recursos no Brasil, e não em outro país”, afirmou ele, na cerimônia de posse no cargo.
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Pepitone disse que a Aneel terá que lidar com inovações tecnológicas do setor, uma vez que as redes de distribuição de eletricidade poderão ser usadas também para o transporte de dados. Ele defendeu a manutenção da autonomia da agência, mas lembrou que cabe a Aneel executar as políticas determinadas pelo Executivo e pelo Legislativo.
Funcionário de carreira do órgão, Pepitone já cumpriu dois mandatos como diretor do colegiado e substitui agora o ex-diretor-geral Romeu Rufino, que estava no comando da agência desde 2003. Efrain Pereira da Cruz também tomou posse nesta quarta como diretor da agência.
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