A produção de morangos tem sido uma alternativa para a diversificação no campo. Apesar de ainda ser tímida se comparada com outras culturas, vem conquistando adeptos. Em Granja do Silêncio, interior de Sobradinho, a área plantada é pequena – total de 3,5 hectares – e fica localizada ao lado da residência do produtor Nilvo Marcildo Kluge, 58 anos. Há seis anos, ele deixou a cidade e foi para o interior. “Eu trabalhei em uma serraria e na fábrica de calçados. Mas surgiu a oportunidade de trocar minha casa por uma chácara. Não pensei duas vezes”, contou ele que tem a produção de morangos como principal atividade. A filha ainda continua trabalhando na fábrica de calçados, mas ele, a esposa Rosane e o filho Jedaías, de 18 anos, se dedicam à produção de morangos da variedade camarosa. “Foi a que melhor se adaptou com o clima da nossa região. Temos uma fruta de qualidade e tentamos tirar ela bem madura”, contou o filho.

O plantio foi realizado no mês de abril deste ano e, devido o calor, a colheita começou em junho e vai até janeiro do ano que vem. “O plantio é feito no chão, com rotação de local e irrigação e sem dúvidas dá um morango de melhor qualidade. Os cuidados são diários”, destacou Jedaías. Em volta dos canteiros de morangos, a família plantou tremoço, que é especial para adubação e para atrair os predadores.

A comercialização é feita pela família, de casa em casa, nos municípios da região: Lagoa Bonita do Sul, Passa Sete, Arroio do Tigre, Segredo, Sobradinho e Ibarama. “Colhemos pela manhã e vendemos à tarde. Cada dia da semana vamos em um município. A venda está excelente”, avalia Kulge. A bandeja de 900 gramas é vendida por R$ 14,00. No pico da produção, são colhidas até 400 bandejas por semana. Mas a média é de 200 bandejas por semana. Também são vendidos morangos congelados e geléia. A família planta também feijão, mandioca, milho, batata entre outros produtos para o consumo.