Deteriorada pela presença de pedras e buracos, a Estrada da Malhada é responsável por conectar Santa Cruz do Sul a Passo do Sobrado pela localidade de Cerro Alegre. E para reivindicar melhorias na via, moradores da região se reuniram na noite dessa segunda-feira, 8.
Mais de 80 pessoas – incluindo representantes políticos dos dois municípios – participaram do encontro, realizado no salão da comunidade São Luís. A mobilização foi organizada pelo instalador hidráulico Fábio José Silveira, que vive na localidade há 14 anos. Um dos principais pedidos é a pavimentação do trecho de aproximadamente 3 quilômetros a partir da divisa com Passo do Sobrado em direção a Santa Cruz do Sul.
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“Só queremos melhorias. Já estaríamos satisfeitos se realizassem a manutenção, mas não é feita desde outubro”, afirmou o morador. Conforme ele, a base da estrutura existe há 20 anos. No entanto, as condições só se agravaram, prejudicando o escoamento da produção de tabaco, de soja e de lenha. “Na época da colheita, costumam passar por aqui mais de 40 caminhões por dia. Mas alguns motoristas me disseram que não virão mais, por causa da situação”, relatou.
No fim de dezembro, foi confirmada a destinação de R$ 2 milhões, por meio do programa Pavimenta RS do governo do Estado, para a obra na estrada. A divulgação ocorreu após encontro com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, intermediada pelo deputado estadual Neri, o Carteiro. A audiência foi a pedido do presidente do PSDB, Luis Spinelli; do presidente eleito da Câmara de Vereadores, Gerson Trevisan; e do vereador Francisco Carlos Smidt, o Carlão; presente na reunião dessa segunda com os moradores.
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A Estrada da Malhada virou motivo de preocupação para os motoristas. Além da dificuldade para trafegar no trecho, os relatos de prejuízos e acidentes causados pela grande quantidade de pedras e buracos se tornaram comuns.
“Virou rotina”, desabafa o fumicultor Luiz Carlos de Moraes, 60 anos. Horas antes da reunião, acabou com o pneu do seu Palio furado enquanto trafegava pelo local. Foi socorrido por Fábio José Silveira. Não é a primeira vez que o agricultor passa por problemas no trecho. Por isso, decidiu participar do encontro, na espera por melhorias na via. “Nos abandonaram, ninguém mais dá bola.”
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Moradora do Bairro Goiás, em Santa Cruz, a professora Mônica Thomé costumava trafegar todos os dias para dar aulas na Escola Estadual de Ensino Médio Willy Carlos Frohlich, em Faxinal Velho. Porém, com o agravamento da situação no caminho, passou a lecionar na instituição três vezes por semana. “As condições da estrada nunca foram boas, mas agora está pior.”
Para o organizador da reunião na comunidade São Luís, Fábio Silveira, a grande presença de moradores foi fundamental. “É o primeiro passo para quem está esquecido”, afirmou. Agora, a intenção é se reunir com a prefeita Helena Hermany e o secretário de Obras e Infraestrutura, Edmar Hermany, para apresentar as reivindicações da comunidade. “Não vamos parar”, garantiu Silveira.
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