Os moradores do Residencial Viver Bem estão ansiosos pelo início das obras para a construção de uma ponte sobre o Arroio Grande, que servirá de ligação com o Bairro Santa Vitória, na Rua Abrelino Pedroso. A passarela que existe no local é de madeira e extremamente curta. Apenas motos e bicicletas conseguem passar na estrutura, que não é segura. Uma votação foi realizada em novembro do ano passado e 200 votos foram favoráveis à obra, com somente quatro contrários. A coordenadora da ONG Voluntários da Paz, Karina Veloso, explica que a Prefeitura havia garantido que a passagem estaria concluída no início de 2017. “Também iriam instalar caixas de correio, o que não foi feito”, ressalta.
Conforme Sabrina Terres, outra integrante da ONG, a falta de iluminação é outro ponto negativo. Muitas pessoas são assaltadas no caminho que leva à ponte, a partir da Rua Violeta. Inclusive estudantes, que frequentam a EEEM Nossa Senhora da Esperança no período noturno. “É perigoso passar na ponte à noite. O matagal próximo ao arroio é um esconderijo. Roubam moto, bicicleta, celular”, revela. Sabrina salienta que a barreira física dificulta nos casos de emergência. “A ambulância chegaria muito mais rápido aqui se existisse a ponte. Uma senhora caiu e se machucou feio tempos atrás. Demorou um tempão até o socorro chegar”, relata.
Grávida de nove meses, a dona de casa Fabiana Severo ressalta que a passarela resolveria vários problemas, como as compras no supermercado e deslocamento das crianças para a escola. “Para fazer uma volta enorme, a van cobra R$ 160 para levar as crianças à escola. No loteamento, temos algumas vendinhas. Mas precisamos atravessar a ponte para ir a um supermercado maior, onde encontramos promoções. Estou indignada, sobram milhões nos cofres da Prefeitura e não realizam melhorias para quem precisa”, lamenta.
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A prefeita em exercício, Helena Hermany, disse que o plebiscito de novembro atestou que a maioria desejava a construção da ponte. O projeto foi aprovado pela Caixa e está na fase de definição do orçamento, trabalho feito pela Secretaria de Planejamento. Na sequência, a Caixa fará uma análise final e o processo de licitação vai se iniciar. “A partir de março, teremos o processo licitatório. O projeto não ficou parado em nenhum momento. Estamos seguindo todas as etapas necessárias”, explicou.
Fabiana, Karina e Sabrina elencam série de problemas no local
Foto: Lula Helfer
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