A recente enchente registrada no Bairro Várzea, em Santa Cruz do Sul, motivou os moradores a cobrarem uma solução, ou uma ação que possa amenizar os impactos da cheia do Rio Pardinho. O tema foi debatido nessa sexta-feira, 22, durante audiência no Ministério Público. Participaram do encontro, realizado a pedido dos moradores, 17 pessoas. A atividade foi conduzida pelo promotor de Defesa Comunitária de Santa Cruz, Érico Barin. Na ocasião, eles explicaram as dificuldades e o risco que o bairro enfrenta com as enchentes. Na semana passada, o nível do rio estava em 7,4 metros. Em razão disso, casas foram alagadas e famílias tiveram que sair às pressas do bairro.
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Durante a explanação, os moradores sugeriram a construção de um dique no Rio Pardinho, recuperação da margem do leito do rio e da Rua Irmão Emílio, com uma melhor drenagem d’água, e para que não ocorram aterramentos nas proximidades do bairro. Uma das preocupações é com os aterros realizados no local, que podem dificultar o escoamento da água.
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Devido ao grande impacto da chuva que assolou cidades do Vale do Taquari, no início deste mês, os participantes da reunião disseram temer que algo semelhante possa acontecer em Santa Cruz, tendo em vista as mudanças climáticas. Atualmente, de acordo com levantamento feito naquela área, o Bairro Várzea possui 396 moradores e 147 casas.
“Medidas urgentes para evitar uma tragédia”
De acordo com o promotor Érico Barin, o Ministério Público (MP) aguarda o desfecho de uma ação civil pública movida em razão das obras realizadas no Complexo Lago Prefeito Telmo Kirst. “A expectativa é de que o Município seja condenado a realizar uma série de obras que, se bem executadas, devem mitigar os efeitos das inundações”, disse. O resultado deve sair nos próximos dias.
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O MP realizou um projeto junto com o Comitê Pardo, com auxílio do Gabinete de Assessoramento Técnico, sobre ações para recuperação das margens do Rio Pardinho, a fim de identificar se algum dos piscinões – construídos para amenizar as cheias no Bairro Várzea – foi aterrado. “Temos que ter medidas urgentes e rápidas para evitar uma tragédia em Santa Cruz, devido a uma grande enxurrada”, alertou o promotor.
Barin classificou o encontro como positivo. “Foi bom ouvir os moradores. Eles trouxeram uma série de dados preocupantes que indicam que a situação deles tem se agravado, inclusive da forma como estão sendo removidos, com uso de um caminhão caçamba em dias de enchente.”
O promotor de Defesa Comunitária frisou que o Município deve buscar soluções efetivas para o local. “Uma forma de atenuar o problema desses moradores e, a partir disso, implementar medidas mais complexas que possam sanar de vez o problema.”
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