No interior de Candelária, a vazão das fontes diminuiu em decorrência da estiagem e não está sendo suficiente para abastecer as criações de aves, suínos e bovinos. Conforme o secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Pesca, Anselmo Vanderli da Silveira, existem criadores de gado com rebanhos de 20 e até 30 cabeças que não têm condições de carregar água para a criação.
Na propriedade dos irmãos Jaci e Darci Padilha, em Vila Botucaraí, o açude secou. Para saciar a sede do rebanho, que conta com 16 animais, os moradores captam água de um arroio em tonéis de 200 litros e transportam em carroças até a propriedade. A lavoura de milho foi perdida em consequência da seca.
O abastecimento para o consumo humano também está comprometido. Para amenizar o sofrimento das famílias rurais, a Prefeitura criou uma força-tarefa que está empenhada na construção de cacimbas e bebedouros de água para animais. A demanda para a abertura de fontes destinadas ao consumo humano nos últimos 15 dias chegou a cem pedidos. Para a construção de bebedouros aos animais, são 150.
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“Estamos criando estratégias para amenizar a situação, mas em alguns lugares, infelizmente, nem as cacimbas ajudam mais. A seca é demais”, comentou o secretário. O Corpo de Bombeiros Voluntários está levando água potável para essas propriedades em caminhões-pipa.
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A Prefeitura também está instruindo a população a economizar água. Segundo Wandi da Silveira, a população não está preparada para uma estiagem de longa duração. “E o Estado também não está. Temos limitações e precisamos nos preparar. Não temos cisternas para armazenar uma grande quantidade de água. Imagina se a seca se estender por mais um mês?”
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