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após enchentes

Moradores do interior de Sinimbu protestam por acesso a estradas e energia elétrica

Foto: Rafaelly Machado

Moradores do interior de Sinimbu protestam por acesso a estradas e energia elétrica

Grupo reuniu moradores de diversas localidades e que enfrentam problemas comuns devido à restrição para passagem de veículos e interrupção do fornecimento de energia

Moradores e produtores rurais do interior de Sinimbu se reuniram em frente à Prefeitura na tarde de sexta-feira, 31, para pedir mais agilidade do poder público na resolução dos problemas provocados pelas chuvas de maio. Algumas localidades estão sem acesso para veículos e sem energia elétrica há um mês e sem previsão de quando o fornecimento será restabelecido. A prefeita Sandra Backes tentou conversar com os manifestantes por alguns minutos, mas os ânimos exaltados fizeram a gestora retornar ao gabinete.

Uma das vozes mais ativas entre os participantes foi a de Luciane Schultz. “Só estamos pedindo para que seja feito um acesso provisório, com galerias e bueiros, para possibilitar a passagem de carros, tratores e caminhões.” Com a queda das pontes, as localidades de Alto Sinimbu, Linha Rio Grande, Linha Desidério e Linha Pintado, entre outras, estão acessíveis somente para pedestres, que dependem da passadeira montada pelo Exército ou de barcos para atravessar o rio e chegar às propriedades.

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O fornecimento de energia elétrica está interrompido desde o dia 30 de abril e não há previsão de volta. “O pessoal está gastando diesel com os geradores, temos produtores de leite que estão jogando fora a produção porque não têm energia para armazenar”, afirma Luciane. Ela diz entender que o Centro precisa ser reconstruído para que o comércio volte a funcionar e girar a economia, mas se as comunidades rurais permanecerem isoladas dessa forma, não conseguirão produzir e gerar renda.

Luciane Schultz e Paulo Eifert conversaram diretamente com a prefeita Sandra Backes

“Muitos aqui não estão conseguindo trabalhar, não tem como adquirir um gerador. Imagina só tomar banho frio nesse inverno.” Mesmo depois de quatro semanas, ela ressalta que não se verifica a presença do poder público nesses locais. “Para não dizer que não foi ninguém, no fim de semana passado o Eduardo Leite foi lá para ver a ponte.”

Sem acesso para veículos, o deslocamento fica comprometido e traz transtornos adicionais a quem já enfrenta problemas. É o caso da esposa de Paulo Eifert, que precisou sair de casa para fazer uma cirurgia.
Para o deslocamento, foi preciso levar um barco puxado por um trator até o leito do rio e fazer a travessia com o uso da embarcação.

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“Imagina isso em uma pessoa vinda de uma cirurgia, descer e subir barranco para conseguir chegar em casa”, critica Eifert. Um dos produtores de leite citados por Luciane é Diego Luan Dopke, que está descartando cerca de 500 litros diariamente desde 30 de abril. Apesar de ter energia a partir de um gerador, ele precisa se desfazer do produto porque a empresa que faz a compra não consegue chegar à propriedade.

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O presidente da Câmara de Vereadores de Sinimbu, Jair Fritsch (PP), acompanhou o ato e criticou o Executivo. Na compreensão dele, há recursos disponíveis no caixa do Município para obras emergenciais e não é necessário esperar por repasses do Estado e da União.

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“O povo já está cansado de ouvir que um plano está sendo elaborado, está cansado de esperar.” Fritsch diz que a população procura constantemente os parlamentares e eles estão cobrando a Prefeitura por mais agilidade e resolutividade.

Prefeita fala em cunho político

A prefeita Sandra Backes diz que não sabia do protesto e tudo poderia ter sido debatido de forma pacífica. Ela entende que o ato teve cunho político e afirma que não é hora para desentendimentos. “Em um momento de tanta destruição no nosso município, nós devemos ter somente uma bandeira: a união.” Somente dessa forma, ressalta Sandra, será possível reconstruir Sinimbu, e não está faltando empenho para isso.

O tempo instável e a umidade foram apontados pela prefeita como os motivos para a demora na recuperação de pontes e estradas, mas houve avanços significativos nos últimos dias com o tempo seco. Além da remontagem da passadeira em Rio Pequeno, o Exército está montando a mesma estrutura em Linha Rio Grande, que também terá uma balsa com capacidade para veículos. Além disso, na sexta-feira o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional confirmou a liberação de recursos para reconstrução de uma ponte.

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