Considerado uma área de risco, devido ao fluxo intenso de veículos, o entorno do trevo principal de acesso a Sobradinho virou motivo de preocupação para moradores e para os agentes públicos. As famílias que possuem residências no local estão sendo intimadas a desocuparem suas casas, em cumprimento de mandados referentes à processos individuais movidos pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
A situação levou as 18 famílias a procurarem a Câmara de Vereadores do município pois, em alguns casos, o prazo para desocupar o imóvel é de 10 dias. Morador do trevo há cerca de quatro anos, Alceni da Silva disse que, desde a mudança para às margens da ERS-400, vem recebendo intimações para deixar o local. A área é de propriedade do Estado, mas há décadas passou a abrigar moradias.
Na Câmara, o grupo de moradores foi recebido pelos vereadores Valdecir Bilhan (PTB) e Maxcemira Trevisan (PDT). Também conversaram com o vice-prefeito Armando Mayerhofer e o assessor jurídico da Prefeitura, Diego Batista da Silva. “Se conseguirem um outro lugar para nos instalarmos, não somos contra sair do local. Só não podemos deixar que as desocupações aconteçam imediatamente, pois não temos para onde ir”, disse um morador.
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Segundo Silva, “cada caso é um caso”, pois alguns moradores têm advogado de defesa e outros não. Também há pessoas que possuem contrato por escrito, enquanto outros sequer contam com uma declaração. “Acharam que os processos não dariam em nada, mas agora estão em cumprimento de sentença”, explicou o advogado aos moradores.
Ele aconselhou que as famílias se mobilizem e organizem um documento, com nome e assinatura de todos, e que este seja levado na próxima semana ao Fórum e ao Ministério Público para solicitar mais tempo para o cumprimento do mandado e buscar uma alternativa. “Se todos saírem de suas casas sem ter para onde ir, irão criar um problema social grave e que a Prefeitura não terá como assumir”, salientou o advogado.
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