A concentração de moradores em situação de rua em frente a um templo religioso localizado na Avenida Independência, em Santa Cruz do Sul, perturba moradores das proximidades. Como se não bastasse o acúmulo diário de sacolas plásticas, garrafas pet, papéis e peças de roupas deixadas na calçada e na escadaria da Comunidade Bom Pastor, o grupo de cinco pessoas, formado por homens e mulheres, tem passado o dia e a noite no local. Eles fazem no espaço todas as suas rotinas diárias e necessidades físicas.
O pastor Samuel Gausmann esclareceu que a situação é reincidente. Antes da pandemia, eles frequentavam o local apenas em determinados horários. Mas, agora, com a igreja fechada, a frequência com que são vistos chama a atenção. “Eles não têm hora para chegar, nem sair, e deixam, além do lixo, fezes em toda parte.” Sem ter como andar pelo passeio, os pedestres têm de desviar do grupo. O pastor manifestou preocupação com a questão da segurança das pessoas. “Eles falam em tom alto e chegam até a brigar entre eles. Nos últimos dias, voltamos a atender em nossa secretaria e isso preocupa pelo fato de estarem sempre na escadaria”, afirmou.
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A secretária municipal de Políticas Públicas, Carina Inês Panke da Silva, esclareceu que estes moradores já foram convidados em pelo menos duas oportunidades pela Ronda Social a migrarem para o Albergue Municipal. Mas se recusam a deixar o local. “Alguns vivem nas ruas porque já estão nessa situação há muitos anos e adotaram a rua como uma condição de vida. Não podemos obrigá-los a sair.”
Carina observou que muitos dos moradores de rua se recusam a ir para o acolhimento devido às regras do local. “É preciso tomar banho e há proibição de consumo de bebidas alcoólicas e uso de drogas”, frisou. Atualmente o município tem 56 moradores em situação de rua. No entanto, apenas 30 frequentam o Albergue Municipal. A secretária afirmou que a situação na Avenida Independência será verificada. E ressaltou que a ronda social deve ser informada pelo 153 da Guarda Municipal ou pelo 3713 1942 do Albergue em situações semelhantes, principalmente agora, com a chegada do frio. O atendimento é de segunda a sexta-feira, 24 horas por dia. No fim de semana, é das 19 às 7 horas.
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