Regional

Moradores da Prainha, às margens do Rio Pardo, buscam se reerguer após enchente

Quase três semanas após a enchente histórica que deixou rastros de destruição na região, os moradores atingidos buscam se reerguer. Esse é o objetivo do trabalhador autônomo Junior Rodrigues, de Candelária. Ele mora na região do Balneário Carlos Larger, a Prainha, que fica às margens do Rio Pardo. Com a cheia, teve danos em sua casa e na empresa de estética automotiva localizada nos fundos da residência. 

Ele lembrou os momentos de tensão quando a água invadiu a sua casa, na madrugada de 1º de maio. “Na terça-feira, o nível do rio estava próximo do pátio dos fundos. Coloquei uma pedra no chão para medir o avanço da água, que acabou recuando cerca de meio metro. Ficamos mais tranquilos com a situação e fomos dormir. Por volta das 4 horas da quarta-feira, nosso vizinho começou a gritar que a água estava encostando na casa. Foi quando levantamos alguns móveis e saímos com a roupa do corpo. A rua principal já parecia um rio, e os bombeiros estavam retirando as pessoas.” 

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Ele, a esposa Stefani Doebber Madrid e a filha de 7 anos foram para a casa da avó de Stefani. Quando a água baixou, o casal retornou ao imóvel a fim de conferir os danos. Apenas duas televisões não estragaram. O pátio dos fundos, onde fica a empresa, foi completamente destruído, inclusive o acesso que era pela Prainha, que hoje não existe mais em sua integridade. “Meu vizinho que mora há 30 anos aqui disse que a água nunca chegou nesse nível”, conta Rodrigues.

A filha ainda não voltou para casa e está com a avó de sua mãe. “Ela não sabe como foi e queremos preservar ela dessa cena terrível,” ressalta o pai. A família reside no local há dois anos, e agora buscará se reerguer novamente. “Vai ser difícil. Estamos vivendo com nossa economia, e também queremos nos habilitar para receber o auxílio do governo”, acrescenta o trabalhador.

A vista da casa de Junior e Stefani dá direto para o Rio Pardo. O lugar era palco de encontro de amigos, de se refrescar nos dias quentes de verão e passear com a família. Hoje a fúria das águas devastou o local. “Antes era uma vista bonita. Agora causa medo”, finaliza ele.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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