Moradores do Bairro Aliança, em Santa Cruz do Sul, convivem com um problema há pelo menos 16 anos. Nos fundos de terrenos da Rua Pedro Kleudgen, a canalização foi deteriorada e o esgoto corre a céu aberto. Crateras com dois metros de profundidade criaram-se e um chalé precisou ser destruído por estar afundando pela instabilidade do solo.
Rejane Zaro contou que quase caiu em um dos buracos. Precisou segurar-se em uma das árvores. “Não posso comer nenhuma fruta dos pés que plantei no pátio. Tenho até vergonha de receber visitas com esse cheiro horrível de esgoto”, comentou.
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Marieli Martim da Silva relatou que os moradores mantinham a área limpa, o que foi inviabilizado pelo risco de acidentes com a formação dos buracos. “A grama está alta e começaram a aparecer ratos e baratas. Minha casa é financiada, e tenho medo que o solo ceda e prejudique a estrutura”, explicou. Olinda Alves da Silva, mãe de Marieli, evita sair para o quintal por receio de cair em algum dos buracos. As condições são insalubres e deixam as pessoas e animais domésticos em risco.
Uma ação no Ministério Público foi aberta em junho de 2019, mas arquivada em fevereiro. No relatório, foi informado que a Corsan não tem rede coletora no bairro e os próprios moradores deveriam efetuar a limpeza das fossas. Eles justificaram que o problema não são as fossas, mas o esgoto a céu aberto. De acordo com Marieli, quatro secretários municipais avaliaram a situação, mas até agora nada foi resolvido. A Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos informou que irá verificar a questão.
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