Uma manifestação contra as mudanças no atendimento do Hospitalzinho ocorreu na manhã deste sábado, 22, em Santa Cruz do Sul. Os moradores da Zona Sul da cidade bloquearam o trânsito na BR-471. Segurando cartazes com escritos como “Saúde é um direito. Não é esmola.”, “Saúde não é gasto. É investimento”, “Onde estão os nossos direitos?”, o grupo de entre 40 e 50 pessoas, esperam o retorno do atendimento no turno da noite do Hospitalzinho.
Desde o dia 13, quinta-feira, as atividades do Hospitalzinho começaram a ser interrompidas às 23 horas, retornando às 7 horas do dia seguinte. Antes, durante este período, havia plantão. De acordo com o presidente da associação de moradores do Bairro Santa Vitória, Roque Ramos, a novidade pegou os usuários do serviço de surpresa. O grupo planeja mais uma manifestação no Centro de Santa Cruz do Sul.
“É para ocorrer na semana que vem”, frisa Ramos. Para Roque, o atendimento se torna ainda mais necessário pois os bairros atendidos são carentes. “Aqui o pessoal não tem dinheiro para se deslocar para a UPA, para o Hospital Santa Cruz, após às 23 horas”, explica. Além dos moradores, o Vereador Luis Ruas (PTB) estava na manifestação.
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Na quinta-feira, 20, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santa Cruz emitiu um comunicado sobnre o assunto. Neste, Telmo Kirst afirma que “nenhuma força de manifestação me fará voltar atrás”. A mensagem expõe que, para o prefeito, esse é um “burburinho” que não passa de uma “encenação político-partidária”. Confira o comunicado na íntegra:
ASSUNTO ENCERRADO
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Nem a ameaça de protestos e de fechamento da BR 471 vão intimidar o prefeito Telmo Kirst, com relação à decisão de interromper as atividades do pronto atendimento no Hospitalzinho, no horário das 23h às 7h. Conforme ele afirmou de modo enfático, a Administração Municipal de Santa Cruz do Sul não voltará atrás na decisão tomada.
Para o chefe do Executivo, todo esse burburinho não passa de uma encenação político-partidária, organizada por um inexpressivo grupo de pessoas que perdeu duas eleições e até hoje não aceitou o fato. “Quando assumi o governo encontrei o Hospitalzinho em situação precária e sem condições de atendimento. Esses que agora estão aí fazendo barulho, à época, não diziam nada”, disparou. Ele ainda fez questão de dizer que transformou o local em um grande Complexo de Saúde, com farmácia distrital, plantão adulto e pediátrico e ambulância 24 horas.
“Nenhuma força de manifestação me fará voltar atrás”. Para o prefeito, o assunto está superado. Ele afirma que se houver uma melhora real no orçamento do Município e superação da crise econômica nacional, a prefeitura vai estudar a possibilidade de retomar o antigo horário. No momento, a prioridade do governo é a saúde financeira do município e a responsabilidade com o dinheiro público.
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