Moradoras do Bairro Várzea relatam como foi sair de casa com água batendo à porta

Nesta quinta-feira, 2, a Gazeta do Sul retornou ao Bairro Várzea para conversar com moradores que tiveram que deixar suas casas no início da semana, quando a chuva provocou enchente no Rio Pardinho.

O primeiro relato foi de Eva Batista, de 61 anos, moradora da área há mais 20 anos. Ela disse que saiu primeiro, quando a água estava batendo à porta. Quando voltou para resgatar sua cachorra, a água batia no joelho.

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Agora, ela está na casa do irmão. No entanto, a ansiedade a faz voltar com a esperança de conseguir adentrar na casa e ver como está a situação de seus itens pessoais. Porém, não existem esperanças de recuperação. “Estou sem chão, foi perda total, tudo molhou. Começar do zero. O que tem dentro de casa é só lixo”, desabafou.

Outra moradora que está na mesma situação é Francine Yoná de Almeida, de 26 anos. Essa é a primeira vez que ela vê a água subir tanto. Em 2010, quando morava com os pais, a água subiu até a altura do joelho.

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Ela comentou que o marido priorizou ajudar todos os que tinham suas casas alagadas na crença de que a água não chegaria na sua residência. “Quando chegamos em casa a água começou a subir. Questão de meia hora, foi o tempo de tirar meus filhos gêmeos de 4 anos. Quando eu saí da última vez a água estava no meu ombro”, disse.

Após ter saído do imóvel, ela conseguiu retornar e salvar a sua geladeira e máquina de secar. O resto foi perdido. O mesmo aconteceu com sua mãe e irmã. Nas redes sociais, pelo @francineyona, ela vê o reflexo da solidariedade de amigos ajudando nas doações. “Tem muita gente ajudando, estou eternamente grata. Mas, a gente segue precisando de material de limpeza e higiene”.

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