Mais um caso do conhecido golpe do bilhete premiado foi registrado em Santa Cruz do Sul. No dia 31 de janeiro, no Bairro Goiás, uma mulher de 64 anos foi vítima de uma dupla de estelionatários e acabou perdendo R$ 100 mil. Devido à rápida ação da Polícia Civil, foi possível identificar a conta para a qual foi transferido o dinheiro e bloquear R$ 42 mil.
O estelionato, crime no qual se encaixa o golpe do bilhete, é geralmente difícil de ter autores identificados e presos. O delegado responsável pela investigação, Paulo Schirrmann, comenta que normalmente os criminosos distribuem o valor para outras contas, para dificultar a ação policial. “Uma boa parte será recuperada. Logo depois de tomar conhecimento, pedimos ao Poder Judiciário um pedido de bloqueio de conta e foi aceito. O valor não tinha sido sacado, nem transferido. Agora estamos investigando para tentar chegar à autoria e recuperar mais”, detalha.
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O fato de a mulher ter sido rápida ao registrar a ocorrência, segundo o delegado, colaborou para a recuperação de parte do dinheiro. “Foi uma sequência de fatos para que. pelo menos, uma parte ela possa receber de volta”.
Na ocasião, ela foi abordada por um homem que afirmou ter ganhado um valor na Quina. O golpista alegou que precisava de ajuda para resgatar o prêmio. Enquanto conversava com a mulher, outro criminoso se aproximou, convencendo a vítima sobre a falsa premiação. Eles garantiram que ela receberia parte do prêmio caso transferisse valores para a dupla. Enganada, deu R$ 5 mil para os dois e, em seguida, transferiu mais R$ 95 mil. A mulher só percebeu que havia sido vítima de um golpe quando viu que a bolsa que havia recebido dos estelionatários tinha papéis que simulavam cédulas de reais.
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) apontam que, de 2020 para 2021, os índices dos crimes de estelionato registraram aumento de 60%. Em 2020, foram 787 casos no município, enquanto em 2021, foram 1.261. A elevação dos crimes está relacionada à pandemia e à preferência dos autores, muitas vezes, por crimes realizados pela internet.
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O delegado Paulo Schirrmann acredita que os golpes são tentados centenas de vezes por dia. “90% das pessoas não caem, são mais precavidas, verificam logo quando recebem uma mensagem ou algo do tipo. Mas infelizmente, como os golpistas passam o dia fazendo isso, às vezes de dentro de presídios, uma parte das pessoas cai. O mundo virtual propicia isso através de falsos perfis”, avalia.
Muitas vezes, os crimes são cometidos de outros estados, o que dificulta a ação da polícia para identificar os autores. “O mundo virtual propiciou uma porta muito grande, que se abriu para os vigaristas.” O estelionato se divide em diversos tipos de golpes, como falsas vendas, falso sequestro, entre tantas outras fraudes.
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