O gostinho da Páscoa da infância ainda é lembrado pela professora de educação especial e orientadora educacional Cristina Pereira Soares, de 63 anos. Os doces que provou quando criança nessa época do ano se tornaram incentivos ao que ela faz hoje em dia. Natural de Passo Fundo e moradora de Santa Cruz do Sul há 12 anos, Cristina é voluntária do Grupo do Bem há aproximadamente quatro anos. “Nesta época, volto ao lugar seguro que foi a minha infância e junto vem a lembrança afetiva mais linda vivida em família. Aquele momento de quando todos os lugares ainda estavam cheios em volta da mesa. Pai, irmãos, primos e amigos”, recorda.
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Para Cristina, a celebração representa um momento de recolhimento e renovação da fé. Depois, é também um dia doce. Por isso, a voluntária está sempre engajada nas ações de Páscoa do Grupo. “Não tínhamos ovo de Páscoa caro. Era um ovo pequeno, bem colorido e açucarado. Era o que havia de barato na época. Mas a sensação era tão boa que dura até hoje. Penso que toda criança deve ganhar pelo menos um doce, por isso a importância de participar dessas ações de Páscoa.”
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Ela salienta que as ações acontecem ao longo do ano e, quando são alusivas a datas comemorativas, os preparativos iniciam-se um período antes, para garantir os presentes e lanches doados às crianças que residem nos bairros mais vulneráveis de Santa Cruz. “O sorriso é o agradecimento mais lindo que um ser humano pode ganhar”, frisa.
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Foi no fim de 2021 que a professora teve a prova de que o Grupo do Bem é muito mais do que uma equipe que trabalha em prol de comunidades carentes. A família que se formou foi também o apoio que Cristina necessitava em um momento complicado. “Após descobrir um câncer de mama e ficar sem chão, sem norte e sem sul, encontrei o apoio e o carinho de que precisava em uma hora tão delicada da minha vida. Mesmo quando precisava de repouso, achava um tempinho para estar junto delas, rindo e sendo abraçada. O Grupo é uma terapia que sem dúvida te move de uma maneira que fazer o bem vira rotina.”
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Neste domingo de Páscoa, Cristina celebrará junto da família. As cadeiras que se esvaziaram ao longo do tempo foram sendo ocupadas por novos membros, sempre com a boa lembrança de todos que já estiveram presentes. “Com a chegada da neta, começou tudo de novo. Faço questão de manter a tradição: o coelho vem à noite deixar doces para quem ‘se comporta’. Ao meio-dia, uma oração de agradecimento por tudo de bom que a vida tem oferecido. Mas, mesmo passando em família, se surgir um fato no qual o Grupo precise de auxílio, estamos prontos para ajudar”, finaliza.
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