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Momento de recuperação nos balneários de Rio Pardo

A enchente do início do mês passado ainda está dificultando o veraneio de quem escolheu Porto Ferreira como destino para as férias. Os banhistas têm se queixado do encolhimento da praia, às margens do Rio Jacuí.  A área de areia, que normalmente tem quatro metros de extensão, está, atualmente, com pouco mais de um metro, impossibilitando que várias famílias se banhem no local ao mesmo tempo.

De acordo com o casal de aposentados Maria Henriqueta e José Gomes Fabra, essa última enchente não foi a pior, pois a água ficou a 30 centímetros do segundo andar da casa. Em outras situações, faltou pouco para que a residência ficasse completamente submersa. “A última enchente só exigiu de nós uma limpeza mais pesada”, lembrou Fabra.

Mantendo a casa em Porto Ferreira há mais de três décadas, o aposentado diz que residir próximo ao Jacuí é bastante curioso, pois, mesmo que não esteja chovendo forte há dias, o rio continua acima do nível. “Acredito que seja por causa das barragens em outras localidades. Isso faz com que ele suba lentamente e baixe mais lentamente ainda”, apontou.

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Já na Praia dos Ingazeiros, a situação está mais tranquila e a movimentação do público está surpreendendo e compensando os 20 dias que Jorcelei Rodrigues Silveira, o Lelei, permaneceu com o bar fechado devido à enchente. Segundo ele, durante 13 dias a água ocupou o estabelecimento e a limpeza levou uma semana. “A água chegou a um metro e meio. Tivemos muito o que limpar”, contou.

Para o comerciante, o maior problema é deixar de vender, já que o bar só funciona durante a temporada. “A enchente foi no período que mais se vende. Deixamos de ganhar dinheiro.” Nos últimos dias, porém, o tradicional bolinho de peixe de Lelei tem atraído o público e na noite de sábado ele chegou a comercializar toda a bebida que tinha no estoque. 

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