Em julho de 1950, foi inaugurado o moderno Laboratório Santa Cruz de Análises Clínicas. A iniciativa foi do empreendedor Carlos Kuhn, com responsabilidade técnica do farmacêutico Victor Nelson Evers. Ainda integravam a equipe o farmacêutico Arno Neumann e o veterinário Samuel Pinto Cortez.

Reportagem da Gazeta ressaltou que outras iniciativas na área já haviam ocorrido, mas nenhuma como a do Santa Cruz, com equipamentos e reagentes importados. Evers era graduado pela Ufrgs e Neumann, farmacêutico experiente na cidade. No Rio de Janeiro, Cortez fora assistente do dr. Vital Brazil, fundador do famoso Instituto Vital Brazil.

Eram feitos exames de sangue, fezes e urina, glicose, ureia, ácido úrico, creatina, creatinina, hemoculturas, espermoculturas e escarros para pesquisas de bacilos de Koch. Ainda as reações de Wassermann, Kahn e Meinicke, pesquisa de amebas e parasitas, secreções faringeanas, bacilos diftéricos, sangrias e outros.

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Ele produzia autovacinas com pus do ouvido e furúnculos. No Biotério ficavam as gaiolas com cobaias, parque para carneiros e ranário para a criação de sapos. Os animais eram usados para testes.

O mais pitoresco era o teste de constatação de gravidez (reação de Galli-Mainini). A urina da mulher (10 milímetros) era injetada em um sapo macho. Se houvesse a presença do hormônio HCG, ocorria alteração na urina do batráquio e a gravidez era confirmada em 24 horas.

O teste com sapos foi feito até o fim dos anos 50, na maioria dos laboratórios. Só foi deixado de lado quando surgiram outras formas de analisar a presença de HCG na urina da mulher. Hoje o exame é adquirido na farmácia e o resultado sai na hora.

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Foto: Lula Helfer
No jornal: reportagem de Mário Assmann com fotos de Rudy Hentschke

 

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