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Mobilização pela duplicação da BR-290 pede paz

Para chamar a atenção para a necessidade de duplicação da BR-290 – a estrada que traz turistas e transporta a produção entre as fronteiras de Brasil, Argentina e Uruguai –, voluntários distribuíram água mineral aos motoristas. O protesto ocorreu na manhã dessa sexta-feira, 17, no quilômetro 215 da rodovia, próximo ao viaduto que está sendo construído no acesso a Pantano Grande. A mobilização pediu mais consciência no trânsito e a liberação, pelo governo federal, de recursos para o término das obras na região.

O prefeito em exercício Ivan Trevisan (MDB) ajudou a coordenar o movimento. “Nosso objetivo maior aqui é conscientizar quem está passando pela estrada de que a segurança é muito importante. A prudência no trânsito é o maior respeito que se tem com os demais usuários de uma rodovia”, ensina. Com garrafas de água mineral na mão, ele e um pequeno grupo de voluntários faziam com que motoristas que cruzavam pela rodovia parassem. Além da água, quem passou pelo bloqueio recebeu um folheto com informações sobre os acidentes na 290. O texto revela que entre os anos de 2007 e 2018, 13,9 mil pessoas perderam a vida em algum ponto da estrada.

O radialista Sérgio Fernandes veio de Butiá com integrantes da União do Movimento Sindical e Comunitário (Umosic). Em Butiá também há obras paradas na duplicação da rodovia. Ele conta que a ideia do protesto veio de lá. “De alguma forma a gente precisa chamar a atenção para que a duplicação da 290 não morra. Queremos que o governo federal diga quando as obras retornam e quanto há de recursos para elas”, disse Fernandes.

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A mobilização em Pantano Grande contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. Enquanto os voluntários distribuíam mil garrafas de água mineral, entre 9h30 e 11 horas, nenhum incidente foi registrado. O trânsito chegou a ficar lento durante a ação, mas os motoristas agradeciam o gesto. Acompanhados de familiares, de passageiros – no caso de ônibus – ou na companhia de cargas, quem passou pelo quilômetro 215 da BR-290 saiu informado sobre o compromisso com a segurança. “Estamos satisfeitos com esta ação que deve repercutir de forma positiva no Estado”, comenta o prefeito em exercício.

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Expectativa para liberação do viaduto

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A BR-290 corta o município de Pantano Grande ao meio e a execução de uma das obras-de-arte da duplicação da rodovia, já instalada no local, tornou-se um problema para a comunidade que vive às margens da estrada. O viaduto que está sobre o acesso ao município será uma das conexões entre a rodovia e área urbana de Pantano Grande. O problema é que do jeito que está, não há segurança na travessia.

Quem precisa se deslocar dentro do município passa por baixo do viaduto, mas este cruzamento ainda não está liberado como acesso seguro aos pedestres. “Várias vezes os motoristas pararam em cima do pedestre e isto nos preocupa demais”, relata Ivan Trevisan, prefeito em exercício de Pantano Grande.

Ele explica que a partir da conclusão da obra e a liberação do trânsito abaixo do viaduto, os pedestres terão uma faixa segura para travessia. “Estamos esperando uma liberação até o fim de janeiro, pois foi o prazo que o Dnit nos deu”, confirma. Segundo ele, esta seria hoje a principal demanda. “Queremos também que os 9 quilômetros que foram iniciados, entre Pantano e Cachoeira do Sul, sejam concluídos. O governo federal precisa olhar para a necessidade que é esta duplicação”, complementa Trevisan.

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Dnit promete obra para o mês de maio

Como a BR-290 é uma rodovia federal e o trecho que passa por Pantano Grande não é concedido à iniciativa privada, a administração da rodovia é da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), de Porto Alegre.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Superintendência Regional disse à Gazeta do Sul que as obras na BR-290 seguem em execução, conforme a disponibilidade orçamentária. O Dnit e o Ministério da Infraestrutura trabalham para a destinação de novos recursos para estas e outras obras executadas em todo o território nacional.

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Segundo o comunicado, até o momento foram executados 11,44% da obra e investidos pouco mais de R$ 88,4 milhões. O valor total do projeto é de aproximadamente R$ 773 milhões. O Lote 4, onde ocorrem as obras do viaduto de acesso a Pantano Grande, já está com 18,63% de execução.

Sobre a morosidade na entrega do viaduto ao município, a Superintendência do Dnit explica que as empresas constituintes dos consórcios que atuam nos lotes apresentaram problemas internos e atrasaram seus cronogramas de trabalho. Com isso, a expectativa da Superintendência do Dnit é de término dos serviços nos acessos a Pantano Grande em maio. Voluntários entregaram garrafas de água mineral para motoristas que passaram pela BR-290 na manhã de sexta-feira em Pantano.

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