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Mitos e verdades sobre o pré e pós-parto

Durante todo o período da gestação até o pós-parto, o corpo da mulher passa por algumas transformações e situações que podem trazer muitas dúvidas às mães, principalmente para aquelas de primeira viagem. Além disso, nesse período, surgem muitas dúvidas e questionamentos que ajudam a aumentar a insegurança em torno do parto. Para tentar esclarecer alguns pontos, o coordenador do Centro de Especialidades em Saúde da Mulher do Hospital Santa Cruz, o ginecologista e obstetra Dr. André de Paula Branco, preparou uma pequena lista de mitos e verdades:

Toda gestante precisa tomar vitaminas?

Mito. O uso de vitaminas ajuda muito no pré-natal e algumas podem faltar no processo de gestação do bebê. Mas, não dá para afirmar que é obrigatório para todas as mulheres. Quando há uma carência especial, é necessário fazer uma reposição individualizada de cada vitamina faltante.

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Os enjoos só ocorrem no primeiro trimestre?

Mito. Os vômitos e as náuseas podem acontecer durante toda a gestação, porém são mais comuns no primeiro trimestre por conta de algumas alterações hormonais, em especial do HCG. A tendência é diminuir após a 12ª ou 14ª semana. Mais para frente, já no final da gravidez, muitas mulheres sentem náuseas e vômitos por outros motivos, como por exemplo, refluxo devido ao tamanho do útero que passa a comprimir o estômago.

Grávidas têm mais cáries?

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Mito. Não há nenhum estudo que comprove o aparecimento de cáries durante a gravidez.

Elas também têm mais chances de desenvolver hemorroidas?

Verdade. Durante a gestação, o útero se transforma em um órgão cada vez maior, que vai comprimindo os vasos sanguíneos da região pélvica. Isso dificulta a circulação do sangue, favorecendo a dilatação dos vasos, o que causa as varizes que dão origem às hemorroidas.

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E sofrer com prisão de ventre?

Verdade. O processo de digestão se torna mais lento durante a gravidez e há uma tendência em fazer constipação intestinal. Quando necessário, o médico pode receitar alguns medicamentos que ajudam na digestão, tanto durante a gravidez como no pós-parto.

É obrigatório usar cinta no pós-parto?

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Mito. A cinta pode ser um instrumento de apoio para algumas mulheres por uma questão de adaptação. Algumas pacientes se sentem mais seguras com a cinta, por dar sustentação e diminuir a sensação de desconforto pós-cirúrgico, geralmente no caso das cesarianas.

A mulher pode engravidar novamente amamentando?

Verdade. É realmente mais difícil a mulher engravidar enquanto amamenta devido aos níveis elevados do hormônio prolactina, que proporciona a lactação. Mesmo assim, não é confiável acreditar que não vai ocorrer, pois a amamentação pode durar meses e os níveis de hormônios são variáveis. Nesse caso, se a paciente não deseja engravidar novamente, é preciso utilizar métodos preventivos.

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É normal sangrar após o parto normal?

Verdade. Sangrar no pós-parto é natural nos primeiros dias, mas vai diminuindo ao longo do tempo. Isso ocorre porque há uma perda sanguínea em virtude da saída da placenta e do útero, por um determinado tempo, ainda sangra, porém a perda de sangue é controlada por fatores musculares e hormonais, impedindo que haja um sangramento exagerado.

É normal sentir dor nas primeiras relações sexuais?

Verdade. O corpo da mulher está em recuperação nos primeiros 40 dias. Então, há desconforto sim nas primeiras relações sexuais, principalmente se for nesse período inicial. Não é proibido, mas sim desaconselhado. Se dois ou três meses após o parto a dor ou desconforto permanecer, é necessário investigar.

O formato da barriga implica ou traz riscos para a gravidez?

Mito. O formato ou altura da barriga são subjetivos – muito baixa, muito alta, quadrada –, não conseguimos supor um diagnóstico apenas olhando as características da barriga da paciente.

Grávida não pode pintar os cabelos?

Verdade. Há muitos produtos que possuem componentes de risco e elementos tóxicos para a gravidez e para a formação do bebê. É imprescindível que a gestante converse com o seu obstetra sobre fazer a tintura no cabelo, pois deve haver consenso entre o médico e a paciente.

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