A Semana do Meio Ambiente é um período de reflexão sobre as ações individuais e coletivas pela preservação do ambiente natural, para que se viva e se produza sem causar impactos negativos. A data também é oportuna para que se apresente alguns contrapontos a mitos que atingem a cultura do tabaco.
Entre eles, a de que a cultura seria responsável por desmatamentos. Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a cobertura florestal média das propriedades alcança quase um quarto da área, sendo 14% de mata nativa e 8,4% de plantio florestal para atender às necessidades de lenha e madeira. “O setor do tabaco já incentiva o plantio de espécies energéticas, com o objetivo de preservar a floresta nativa desde a década de 1970”, comenta Iro Schünke, presidente do SindiTabaco.
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Outro mito está relacionado à erosão do solo para rios e nascentes. Levantamento realizado pelo SindiTabaco junto às indústrias, aponta que 74% dos produtores aplicam técnicas conservacionistas como plantio na palha ou cultivo mínimo, o que é um indicador de preservação das águas, além de proteção ao solo.
Mas talvez o maior mito ligado à cultura do tabaco seja sobre o uso de agrotóxicos. A adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP) preconiza o monitoramento da ocorrência de pragas. Além disso, há incentivos ao uso de agentes de controle biológico para manter o uso reduzido de agrotóxicos, que atualmente é de 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare – número muito inferior ao de outras culturas de consumo alimentar, que chegam a 40 quilos por hectare.
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Ainda quando o tema é agrotóxico, uma das ações que tem muita relação à preservação do meio ambiente é o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias, ação itinerante que oportuniza a logística reversa das embalagens e encaminhamento para o destino adequado. Atualmente, 381 municípios são beneficiados com a iniciativa que, segundo o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), liderou a realização dessa modalidade de devolução de embalagens no ano passado.
A Associação Internacional dos Países Produtores de Tabaco (ITGA) também esclarece sobre o mito de que o cultivo de tabaco é prejudicial para o meio ambiente. Os dados da entidade mostram que o tabaco cresce em 0,25% das terras cultivadas do mundo, portanto, o tamanho da produção não é uma ameaça em comparação com muitas outras atividades agrícolas.
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Para evitar danos ao solo, que é o principal patrimônio dos pequenos agricultores, há o emprego de técnicas corretas. Como o tabaco é uma cultura resistente, a quantidade de fertilizantes e de agrotóxicos é reduzida em comparação com outras culturas. Por responder bem aos regimes pluviométricos nas áreas onde é produzido, menos de 15% da produção mundial é cultivada em lavouras irrigadas. E nos países que usam a lenha na cura do tabaco, os produtores cultivam espécies específicas para essa finalidade.
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