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É CAMPEÃO – Santa Cruz vence o Gaúcho nos pênaltis e levanta a taça nos Plátanos

É campeão! O Santa Cruz conquistou a segunda taça em menos de um ano. Sete meses após levantar a Copa FGF, o Galo comemorou o título do Campeonato Gaúcho Segunda Divisão em uma virada histórica contra o Gaúcho, de Passo Fundo.

Após uma vitória da equipe de Passo Fundo no jogo de ida por 2 a 0, o Santa Cruz brigava para vencer o jogo em sua casa por pelo menos dois gols para levar o jogo para as penalidades. Em uma grande decisão neste domingo, 4, o Galo venceu o Gaúcho por 4 a 2 e a partida foi para os pênaltis, onde o Santa Cruz levou a melhor, e mais uma vez a torcida alvinegra comemora uma conquista, após festejar o acesso na semana passada.

PRIMEIRO TEMPO

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O jogo iniciou movimentado. O Galo tinha pressa, e tocava a bola em velocidade, já o time de Passo Fundo jogava com a vantagem de dois gols, e aproveitava para tentar administrar a partida.

O Santa Cruz tentava chegar ao gol cedo e partiu pra cima, levantando bolas na área e tentando criar chances de gol.

Mas na metade da primeira etapa, o zagueiro e capitão do Galo tomou dois cartões amarelos em sequência e acabou expulso em menos de dois minutos. O defensor alvinegro empurrou um adversário no meio de campo, quando tomou o primeiro cartão. Logo no reinício, ele entrou com um carrinho em Maurício e sofreu o segundo cartão, deixando o Santa Cruz com um homem à menos. Para recompor a zaga, o técnico William Campos sacou Ben-Hur do meio de campo para a entrada do jovem Kévlin.

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E brilhou a estrela do jovem da base do Santa Cruz. Aos 31 minutos, Chiquinho cobrou escanteio da direita e Nena desviou de cabeça. Kévlin pegou de sem-pulo no segundo poste para abrir o placar com um belo gol de canhota. Mas sete minutos depois, Luan invadiu a área do Santa Cruz pela direita e sofreu pênalti. O jogador do Gaúcho foi derrubado pelo zagueiro Diego Rocha. O próprio Luan cobrou e deixou o placar em 1 a 1, placar que foi para o intervalo.

SEGUNDO TEMPO

O jogo teve ainda mais emoções na segunda etapa. O Gaúcho virou o placar logo aos dois minutos em um cabeceio do zagueiro Neto após cruzamento da esquerda para a área do Santa Cruz. A esta altura, o time da casa precisava de três gols para forçar os pênaltis.

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A partir daí, o time alvinegro partiu para o ataque. Aos cinco minutos, Laion cobrou uma falta para a área e Leylon, que entrou no time no intervalo, cabeceou firme para deixar novamente tudo igual: 2 a 2.

Três minutos depois, Leylon fez o segundo dele no jogo. O jogador estava na área para receber de Nena e chutar forte, no alto, para fazer Santa Cruz 3 a 2, e o Galo estava por um gol para levar a decisão para os pênaltis.

E o dia era de Leylon: aos 11 minutos, a bola sobrou mais uma vez para Leylon no lado direito da área. Após escanteio cobrado por Laion, Nena desviou de cabeça e ele pegou de voleio para fazer um golaço e fazer os 4 a 2 que deixava a decisão em igualdade no saldo agregado.

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O jogo seguiu tenso até o final, como uma grande final que foi. Gaúcho e Santa Cruz foram para as penalidades. E as emoções seguiram nas penalidades. Pepeto cobrou o primeiro para o Galo e botou pra fora. Maurício cobrou e colocou o Gaúcho na frente. O centroavante Nena marcou para o Galo na sequência, e Fernando deixou o Gaúcho na frente novamente: 2 a 1. Laion fez o segundo do Santa Cruz. Aí Almeida jogou a cobrança do Gaúcho na trave, e a sorte do Santa Cruz começou a mudar.

Mas não antes com um pouco mais de emoção, pois o lateral Otávio errou para o Galo em sequência. Mas o zagueiro Léo Carioca também colocou para fora, deixando as cobranças ainda em 2 a 2. O autor do primeiro gol do jogo, Kévlin, colocou o Galo na frente. Renatinho foi para a quinta e última cobrança, e Diego Duarte pulou no canto para salvar, para fechar uma bela decisão para o Santa Cruz, que chega na Divisão de Acesso em 2022 credenciado como campeão.

“Para fechar com chave de ouro” – Técnico do Galo destaca força do grupo

O treinador do Santa Cruz, William Campos, reforçou o trabalho que foi realizado durante o último ano pelo plantel alvinegro. O comandante do Galo analisou a partida no microfone da Gazeta ainda no gramado dos Plátanos.

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“Apesar da derrota a gente fez um bom jogo em Passo Fundo. Tomamos o segundo gol, que dificultou, mas em nenhum momento a gente deixou de acreditar. Saímos vencendo merecidamente, tomamos o empate de pênalti. No intervalo, passei confiança, tentei organizar, troquei o Chiquinho pelo Leylon e deu certo, ele fez 3 gols. Isso me deixa feliz, porque era um jogador que merecia”.

O Galo terminou o campeonato como a melhor campanha geral, com dez vitórias, dois empates e uma derrota.

Do banco para o título: Três gols de Leylon

O meio-campo Leylon estava em uma tarde iluminada. O jogador veio de seguidas lesões musculares, mas foi fundamental durante o campeonato no esquema do técnico William Campos, sempre entrando com boas atuações. Neste sábado, 4, o jogador de 26 anos marcou três gols pela primeira vez em sua carreira profissional, que começou no Guarani de Juazeiro-CE em 2014.

“A organização que o Galo deu, não merecíamos outra coisa. Tive três lesões musculares. Isso é muito difícil para o atleta profissional, e o clube em nenhum momento me abandonou e deixou faltar nada pra mim, então, isso é fruto do trabalho deles, e meu também, que em nenhum momento deixei cair e confiei até o final”.

Goleiro Diego mais uma vez foi fundamental

O arqueiro do Santa Cruz, Diego Duarte, começou a competição no banco de Luiz Carlos, goleiro que acabou fraturando o dedo no primeiro jogo das quartas de final, contra o Novo Horizonte. Com grandes defesas, Diego conquistou a confiança do time e teve atuações importantes nas partidas que levaram o Santa Cruz ao acesso para a Série A2 e ao título da Segunda Divisão.

“É toda honra e toda glória à Deus. E esse clube merece, a diretoria e a comissão, desde a tia da cozinha, todo mundo merece esse título. Pênaltis é aquilo, estamos ali para defender, pegar os mal batidos, e glória à Deus ele me possibilitou de pegar dois, agora é comemorar. O acesso é incrível, mas o título é espetacular”, comemorou Diego no microfone da Gazeta ainda no gramado dos Plátanos.

Fogaça comemora: “Vai ficar pra história”

O atacante Juliano Fogaça foi autor de gols importantes, desde a Copa FGF no ano passado. Um dos atletas mais identificados com o clube e com a torcida alvinegra, Fogaça comemorou a luta e a entrega do time na conquista de mais um título, desta vez da Segundona Gaúcha.

“Não foi à toa esse título. Esse grupo foi vencedor. A gente lutou até o final e conseguimos o título. Com um jogador a menos, lutamos até o final. Isso não tem preço, vai ficar para a história do clube”.

Capitão do Galo critica a arbitragem

Expulso na metade da primeira etapa, o zagueiro Luís Henrique reclamou da atuação do árbitro David Baquini da Silva, que também acabou deixando a partida, aos 29 minutos do primeiro tempo por sentir uma lesão na coxa. O quarto árbitro Jonathan Vivian assumiu o apito em campo. O zagueiro do Galo recebeu o vermelho aos 24 minutos após ter recebido o amarelo pouco antes.

“O árbitro tava dando risada da nossa cara, como se já viesse premeditado. A todo momento tava tentando deixar nós nervosos e toda falta dava risada da nossa cara. Eu acabei perdendo a cabeça mas eu sabia que a gente ia lutar até o fim para buscar o objetivo. Só tenho a agradecer à esse grupo, à presidência e comissão técnica do clube e os jogadores que se doaram para alcançarmos o objetivo. Sempre com dificuldades mas em nenhum momentos deixamos de acreditar. Estou feliz porque sou de Santa Cruz, e deixar meu nome na história é gratificante”.

“Foi merecido”, destaca o goleador Nena

A equipe fez a melhor campanha, foi um time bem guerreiro, nós conseguimos correr e mostrar o valor que o galo merece. Esse campeonato não era pro Galo estar disputando, o Galo merece coisas melhores, e graças à Deus esse elenco conseguiu deixar o Galo numa Segunda, e quem sabe daqui pra frente, do jeito que está com essa diretoria aqui, se Deus quiser, o Galo logo vai estar na primeira”.

Sobre o resultado e o jogo emocionante da final, onde o alvinegro esteve perdendo por 2 a 1 e acabou virando para 4 a 2 para levar para os pênaltis, o atacante ressaltou que, no gramado, os jogadores estavam concentrados para buscar o placar. “Para nós ali dentro, a gente tinha total confiança. Acho que uma equipe que fez um excelente campeonato, a gente trabalhou bastante, o Leylon vinha de contusão, voltou a treinar, não baixou a cabeça, e tem o Luiz, que quebrou dedo e entrou o Diego e garantiu, primeiro o acesso, e depois nos pênaltis (na final)”.

Zagueiro da base, Kévlin abriu caminho para a vitória com o primeiro gol

O zagueiro Kévlin Silva saiu do banco para entrar na partida após o Santa Cruz ter o capitão Luís Henrique Expulso. O garoto formado na base do Galo não sentiu a pressão e fez mais um bom jogo. Aos 31 minutos, ele fez um golaço de perna canhota ao pegar uma bola na área e chutar para abrir o placar da partida para o time da casa.

“Fiquei muito feliz com o título, a emoção é muito grande. A gente sabia que o objetivo maior era subir o Galo. Nosso grupo foi muito unido e conseguimos fazer mais que isso, revertemos um placar que era muito difícil. Mas em nenhum momento a gente deixou de acreditar. O ambiente era muito bom. A todo momento a gente dizia que era possível e que a gente ia ser campeão. A gente nunca desistiu. Fazer gol é bom sim, mas o título é melhor ainda”.


FICHA TÉCNICA – CAMPEONATO GAÚCHO SÉRIE B
FINAL – JOGO DE VOLTA
SANTA CRUZ 4×2 GAÚCHO

Local: Estádio dos Plátanos, em Passo Fundo
Data: 04/07/2021, domingo
Horário: 11 horas
Árbitro: David Baquini da Silva
Assistentes: Cassio Dorneles e Renato Domingues
Quarto Árbitro: Jonathan Vivian
Cartão amarelo: Luis Henrique, Diego Rocha, Kévlin, Fogaça, Leylon, Nena (Santa Cruz); Paulo Fales, Gustavo, Baggio e Léo Carioca (Gaúcho)
Cartão vermelho:
Luis Henrique (Santa Cruz)
Gol:
 Kévlin, aos 31min/1ºT, Leylon, aos 5min/2ºT, aos 8min/2ºT e aos 12min/2ºT (Santa Cruz), Luan, aos 39min/1ºT, Neto, aos 2min/2ºT (Gaúcho)

SANTA CRUZ: Diego Duarte; Ramon (Pepeto), Luis Henrique, Diego Rocha e Otávio; Ben-Hur (Kévlin), David e Chiquinho (Leylon); Laion, Juliano Fogaça (Felipe) e Nena
Técnico: Wiliam Campos

GAÚCHO: Douglas Palagi; Gustavo (Caetano), Neto, Léo Carioca e Paulo Fales (Velasque); Damasceno (Baggio), Marcel, Maurício; Luan (Fernando), Renatinho, e Almeida
Técnico: Vanderson Pereira

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