Pode ser o fim das rodas de chimarrão – ao menos por um tempo. Este é o pedido e a recomendação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para evitar a propagação do coronavírus no território gaúcho – e nacional. A declaração foi dada nessa quarta-feira, 26, durante coletiva de imprensa para confirmar o primeiro caso da doença confirmado no Brasil, de um homem de 61 anos que viajou para a Itália no começo deste mês.
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“No caso de estados como Mato Grosso do Sul, de onde venho, e do Rio Grande do Sul, recomendamos que as pessoas evitem bebidas que são compartilhadas de boca em boca, como o tereré e o chimarrão”, disse o ministro. A razão da orientação é que a doença é transmitida por gotículas que saem da boca de pessoas contaminadas. Por passar “de boca em boca”, como disse o ministro, a bomba do chimarrão pode acumular essas gotículas e espalhar a doença.
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Mas isso não vale só para o chimarrão e tereré não. O mesmo é válido para compartilhamento de copos, canudos, talheres e outros utensílios. Infectologistas têm comparado a situação aos beijos compartilhados no Carnaval igualmente, pelo risco de infecção.
Segundo o ministro, que é médico, as formas mais eficazes de o país evitar a disseminação da doença são dotar a rede de saúde nacional da capacidade de identificar e testar os casos suspeitos rapidamente, e, em caso positivo, adotar os procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo ministério. Além disso, a população deve intensificar os cuidados recomendados para qualquer tipo de gripe, como evitar aglomerações desnecessárias.
“O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto com água e sabão ao longo do dia. Este é um hábito extremamente importante, não só para evitar problemas respiratórios, mas também outras doenças”, afirmou o ministro, recomendando que as pessoas também evitem compartilhar copos e outros utensílios que possam transmitir o vírus por meio da saliva.
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Mandetta mencionou a intenção de iniciar pela Região Sul a campanha de vacinação contra a gripe, realizada todos os anos. Segundo o ministro, as vacinas recomendadas para este ano deverão estar disponíveis em meados de março, começo de abril. De acordo com o ministro, a vacina ajudará a proteger as pessoas dos vírus que circulavam no território brasileiro até novembro ou dezembro do ano passado, quando os novos lotes começaram a ser produzidos. Fora isto, Mandetta lembrou que não há, hoje, nenhum medicamento específico contra o coronavírus.
“Não existe um medicamento específico. O arsenal [medicamentoso] é, basicamente, de suporte e [a rede pública de saúde] será devidamente abastecida”, acrescentou o ministro, assegurando que o governo também distribuirá equipamentos de proteção individual (EPIs) para os governos estaduais redistribuírem aos profissionais de saúde e já providenciou a licitação para, em caso de necessidade, alugar mil leitos hospitalares da rede privada.
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Com informações da Agência Brasil.
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