O vice-governador Ranolfo Vieira Júnior esteve em Santo Ângelo, um dos municípios atingidos pela estiagem, nesta quarta-feira, 12. Ele acompanhou a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Rio Grande do Sul. Depois de ser recebida no Aeroporto de Santo Ângelo – Sepé Tiaraju, a ministra, o vice-governador e a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, se dirigiram a uma propriedade rural em Buriti, no interior do município.
Em seguida, os três se reuniram com lideranças locais em um auditório da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Também participaram do encontro equipes técnicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e deputados estaduais e federais. No encontro, produtores e representantes de entidades rurais apresentaram a situação da safra da região. “O Estado fez reuniões, coordenadas pelo governador Eduardo Leite, juntamente com a secretária Silvana, e já anunciou algumas medidas, como a ampliação do subsídio do Programa Troca-Troca e o aumento do orçamento para o programa Semestes Forrageiras”, afirmou Ranolfo.
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O vice-governador destacou que a medida mais importante é o projeto Avançar, para o qual já foram anunciados R$ 4,5 bilhões em investimentos. Por sua vez, Silvana lembrou que a situação da estiagem nos municípios se agravou rapidamente. “Desde o final do ano passado, começamos a nos mobilizar para tentar auxiliar o produtor rural no que estivesse ao alcance do Estado. Estamos sensíveis aos pedidos porque sabemos que, neste momento, milhares de famílias estão perdendo a produção e a fonte de renda”, disse.
Até esta quarta-feira, 12, 200 municípios decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul em decorrência da estiagem, sendo que 52 já foram homologadas pelo Estado e 47 reconhecidas pela União. Segundo a Emater, até a última sexta-feira, 7, 195 mil propriedades registravam perdas na agropecuária por conta da estiagem.
De acordo com a ministra Tereza Cristina, no momento é impossível mensurar os prejuízos no Rio Grande do Sul e demais Estados atingidos. “Ainda não podemos dar números. Há lavouras que se recuperam, outras não, ainda pode chover, são graus diferentes de recuperação de lavouras. Temos de acompanhar, de monitorar, e fiz questão de vir aqui para vermos o que já podemos propor para mitigar os problemas que os Estados enfrentam. Não queremos que as pessoas abandonem a produção”, explicou.
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Impedido de viajar a Santo Ângelo porque foi diagnosticado com Covid-19 na noite dessa terça-feira, 11, o governador Eduardo Leite vem tratando pessoalmente dos efeitos da estiagem no Estado. Em reunião com a secretária Silvana na semana passada e nesta com deputados e representantes de entidades ligadas à agropecuária, garantiu que as equipes técnicas das secretarias estão mobilizadas para mitigar os efeitos da seca.
Em ofício encaminhado à ministra, Leite lembrou que a maioria dos municípios têm relevante dependência da agropecuária e que a situação de perdas provocadas por estiagens traz enormes prejuízos para a economia, o meio ambiente e a sociedade em geral, considerando que o agronegócio é responsável por mais de 40% do PIB estadual, com participação superior a 60% nas exportações totais do Rio Grande do Sul.
O documento reúne demandas do Estado, consolidadas após conversas com representantes de entidades rurais, prefeitos e deputados estaduais. A ministra garantiu que essas e outras demandas, apresentadas durante a reunião de lideranças, serão repassadas ao governo federal.
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Entre as medidas anunciadas estão o programa Troca-troca, que amplia o subsídio do programa Troca-Troca de Sementes de Milho de 28% para 100%, o programa Sementes Forrageiras, que dá fomento para a agricultura familiar e que serve para incentivar o plantio de pastagens, principalmente para atender o gado leiteiro, e o Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, que liberará recursos na próxima semana.
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, também esteve na manhã desta quarta-feira em Santo Ângelo. Durante o encontro, ele mencionou a reunião com gestores e representantes do setor agropecuário gaúcho, realizado nessa segunda-feira, 10. “Nós discutimos medidas emergenciais e estruturantes para os próximos anos, considerando que a estiagem é um problema cíclico que possuímos no nosso Estado”, justificou. “Nossa preocupação é atender pessoas, famílias e comunidades com difícil acesso a água, além da grande preocupação com a produção de grãos e criação de animais”, afirmou.
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