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violência contra mulher

Ministra destaca coragem de enfermeiras que flagraram estupro em parto

Foto: Marcelo Camargo/AgenciaBrasil

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, visitou nesta quinta-feira, 21 a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti e o Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde o anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprou uma mulher grávida durante o parto, no dia 10 de julho. O crime foi registrado em vídeo pela equipe de enfermagem do próprio hospital, o que levou à prisão em flagrante do médico, que responde por estupro de vulnerável.

Ao deixar a delegacia, a ministra destacou a coragem da equipe que denunciou o crime e a importância de mais profissionais atentarem às violações contra mulheres. “O exemplo é o olhar atento de uma equipe médica e a coragem que, principalmente, a equipe de enfermagem teve. Eles não se calaram e preferiram denunciar”, afirmou Cristiane. “Fica um alerta para todas as equipes médicas nos hospitais de todo o Brasil, [para] que, na mínima suspeita, não hesitem, e denunciem.”

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A ministra esteve no hospital entre as 10 horas e o meio dia e disse que a visita tinha o objetivo de prestar acolhimento e valorizar os profissionais. “Vi ali uma estrutura que funciona muito bem, vi uma equipe com atendimento humanizado, que agiu no dever de proteger a vida humana e de se defender da violação dos direitos humanos que aconteceu naquele local.”

Por volta do meio dia, a ministra chegou à delegacia especializada, onde o caso está sendo investigado. Após a visita, ela também elogiou o trabalho policial. “Vi que realmente estão dando o melhor de si. A equipe está de parabéns.”

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O anestesista virou réu na última sexta-feira, 15, por decisão do juiz Luís Gustavo Vasques, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, que recebeu denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Flagrante do crime

O processo contra Quintella começou com a gravação do estupro. O comportamento do médico em procedimentos anteriores chamou a atenção das enfermeiras, que perceberam que ele sedava as pacientes além do necessário. As enfermeiras posicionaram uma câmera dentro de um armário na sala de parto e conseguiram registrar o momento em que Quintella cometeu a violência sexual.

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De posse das imagens, as enfermeiras comunicaram os fatos à chefia do hospital, que acionou a Polícia Civil. A delegada titular da Deam, Bárbara Lomba, efetuou a prisão do anestesista ainda dentro da unidade. Desde o dia 12 de julho, ele está preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó. A Polícia Civil ainda investiga a possibilidade de Quintella ter cometido o mesmo ato contra outras mulheres, o que inclui duas possíveis vítimas que tiveram filhos no mesmo dia do flagrante.

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