O Ministério Público Federal (MPF) investiga o vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Mangue, 45, por suspeita de lavagem de dinheiro no Brasil. Teodorín é filho do ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, 72, que governa a Guiné Equatorial desde 1979. Contra ele há várias acusações de violações de direitos humanos. De acordo com o jornal “O Globo”, o governo da Guiné Equatorial doou R$ 10 milhões à Beija-Flor. Na quinta-feira, 19, um dos carnavalescos da agremiação, Fran-Sérgio Oliveira disse que três empresas, do ramo de construção civil, com negócios no país africano é que fizeram doações para a escola. O governo da Guiné Equatorial também afirmou que empresas brasileiras é que doaram para a escola de samba.
O MPF listou carros de luxo e imóveis que pertenceriam a Teodorín no Brasil. Na segunda-feira, 16, o filho do ditador africano assistiu ao desfile da Beija-Flor no sambódromo do Rio junto com uma comitiva de 30 pessoas. As investigações no Rio começaram em setembro de 2013 após o procurador Orlando Cunha receber informações passadas a ele pela Procuradoria Geral da República. O pedido de ajuda foi feito pelo Departamento de Estado americano. O alvo seria uma aeronave que pertenceria a Teodorín e deveria ser apreendida. Não há registro até o momento de que este avião tenha vindo ao Brasil.
Em março do ano passado, o procurador Orlando Cunha se reuniu em Los Angeles com promotores americanos e franceses para receber informações sobre Teodorín. Em dezembro, o procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva, secretário de cooperação internacional da PGR, chegou a pedir o arquivamento do caso por não receber informações de Cunha sobre a viagem feita aos Estados Unidos. Apesar disso, o procurador manteve a investigação no Rio.
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Agora com a notícia de que Teodorín está no Brasil e que o governo de seu país patrocinou o desfile da Beija-Flor, o procurador da República Orlando Cunha irá apurar se houve ou não esse investimento na agremiação. Por ser um procedimento sigiloso, o procurador informou, através da assessoria de imprensa do MPF, que não irá falar sobre o caso.
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