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Ministério Público Eleitoral pede condenação de dono da Havan por propaganda irregular

O Ministério Público Eleitoral recomendou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a condenação do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, por propaganda eleitoral irregular em favor de Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL. O MPE defende aplicação de multa ao empresário. 

Em vídeo gravado em uma de suas lojas, Luciano Hang ameaça deixar o País e, consequentemente, demitir seus 15 mil funcionários, caso Bolsonaro não vença a eleição presidencial. O empresário diz ter feito uma pesquisa de intenção de voto com os colaboradores da empresa e descobriu que 30% deles pretendem votar nulo ou branco. 

O vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, que assina o parecer enviado na terça-feira, 2, ao TSE, escreve que Luciano Hang realizou propaganda eleitoral em favor de Bolsonaro no interior de estabelecimento comercial, ao dizer “Todos sabem a minha posição. Eu sou Bolsonaro! Bolsonaro! Quero uma salva de palmas. Bolsonaro! Bolsonaro! Bolsonaro! Pra esse Brasil mudar, pra esse Brasil melhorar, Bolsonaro Presidente!” 

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A lei que estabelece normas para as eleições prevê que a veiculação de propaganda irregular, após a notificação e comprovação, à restauração do bem, caso não cumprida no prazo, está sujeita à multa no valor de R$ 2 mil a R$ 8 mil. 

A decisão atendeu parcialmente a representação proposta pela coligação “Para Unir o Brasil”, formada pelos partidos políticos PSDB, PTB, PP, PR, DEM, Solidariedade, PPS, PRB e PSD. O bloco apoia o tucano Geraldo Alckmin na corrida ao Palácio do Planalto nas eleições 2018. 

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A coligação alegava que o ato impugnado não configura apenas propaganda eleitoral irregular, mas também abuso de poder econômico, pois Hang teria disponibilizado sua estrutura empresarial a serviço do candidato. O empresário sustenta não ter realizado propaganda eleitoral ou prática que implique abuso de poder econômico, “mas mero exercício do direito de manifestação”.

“O discurso impugnado na representação é sancionável em razão do espaço em que proferido. Lojas e centros comerciais são territórios imunes à propaganda eleitoral, por expressa disposição legislativa, mesmo que o autor do ato de propaganda seja o seu proprietário, que arca com eventuais efeitos deletérios em seus negócios por causa de seu proselitismo”, escreveu Humberto Jacques.

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Segundo ele, “não se trata de repressão à liberdade de expressão, mas de justaposição desta com outras liberdades da cidadania, em favor das quais o legislador legitimamente exige mesmo a abstenção de comerciante em seu estabelecimento de negócios”. 

No parecer, Jacques afirma ainda que a petição inicial não expõe argumentos concretos que indiquem a participação de Jair Bolsonaro ou, ao menos, o prévio conhecimento acerca do fato específico impugnado nos autos. 

Alerta do MPT 

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Na segunda-feira, o Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu uma nota pública para alertar as empresas e funcionários sobre a proibição de imposição, coação ou direcionamento nas escolhas políticas de empregados. A prática pode caracterizar discriminação em razão de orientação política, irregularidade trabalhista que pode ser alvo de investigação e ação civil pública. A nota foi divulgada depois que começaram a circular vídeos na internet com donos de empresas citando motivos pelos quais votariam em seus candidatos nas eleições de 2018.

O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) entrou na terça-feira com ação contra a empresa Havan e o dono da companhia, Luciano Hang, por imposição, coação ou direcionamento nas escolhas políticas dos empregados. O caso foi distribuído para análise da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis.

Luciano Hang afirmou que não teve a intenção de coagir seus funcionários em relação à escolha de candidato nas eleições, mas que apenas deu sua opinião de que, se a esquerda ganhar, “todos os empresários brasileiros devem pisar no freio ou dar marcha ré”. No entendimento de Hang, o MPT busca “holofote” com a medida. “O que o Ministério Público está querendo fazer é calar a voz de um empresário que sabe o que está falando e tem 15 mil colaboradores diretos e mais de 60 mil colaboradores indiretos e quer o bem do país”, disse.

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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