Os casos de dengue registrados no país este ano, até a metade de novembro, ultrapassaram 1,5 milhão com um aumento de 176% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve ainda aumento de 104% nos casos graves de dengue e de 79% no número de mortes quanto comparado com os dados de 2014. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 24, pelo Ministério da Saúde.
Até o dia 14 de novembro foram registrados 1.534.932 casos de dengue, que mataram 811 pessoas. Os casos graves somam 1.488. Já em 2014 foram 555.462 casos de dengue com 453 mortes e 728 casos graves da doença. Se comparado o ano de 2015 ao de 2013, quanto houve uma epidemia da doença, houve aumento de 7% nos registros de pessoas infectadas pela dengue. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, pediu a mobilização da sociedade e dos agentes públicos para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Ele lembrou que o mosquito agora transmite também a febre chikungunya e o vírus Zika.
Marcelo Castro alertou que as regiões do país têm peculiaridades quanto ao criadouro do mosquito e que é preciso ficar atento a essas características. No Nordeste, por exemplo, ele exemplificou que as pessoas armazenam água em função da seca e essa acaba sendo uma fonte para a proliferação. “Ou a sociedade brasileira se envolve, se mobiliza para combater o Aedes aegypti ou nós não seremos vitoriosos. O momento que estamos vivendo é muito grave”, disse o ministro.
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O secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi, disse que é preciso ficar alerta não apenas no verão, quando ocorre o pico da doença. “O mosquito está se fortalecendo, se adaptando às condições climáticas, ficando mais resistente e exigindo de nós e de toda a sociedade uma mudança de comportamento no sentido de não deixá-lo se desenvolver”, disse.
O estado de Goiás registra a maior incidência de dengue com 2.314 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo com 1.615 casos por 100 mil habitantes. A Região Sudeste concentra 63% dos casos (975.505). As demais regiões têm os seguintes números: Nordeste (278.945), Centro-Oeste (198.555), Sul (51.784) e Norte (30.143).
A estatística de índices para Aedes aegypti, do Ministério da Saúde, realizada em outubro e novembro, cobre 1.792 cidades. O levantamento indica que 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e vírus Zika. Outras 665 cidades estão em situação de alerta.
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Os locais de armazenamento de água, como tonel e caixa d’água, foram identificados pelo levantamento como o principal criadouro do mosquito na região Nordeste. No Sudeste e Centro-Oeste foram os vasos de plantas e garrafas e no Sul e Norte o lixo foi o local com maior número de focos encontrados.
No caso da chikungunya, este ano foram notificados 17.131 casos, sendo que 6.724 foram confirmados e 8.926 estão em investigação. Há confirmação de casos do vírus Zika em 18 estados. Para alertar a população sobre a importância do combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o ministério da saúde lançou hoje uma nova campanha “Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer”.
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