A abertura de uma linha área em caráter emergencial para restabelecer a conexão área de Santa Cruz do Sul já começou a ser analisada. O pedido foi apresentado pela prefeita Helena Hermany ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A ideia seria uma rota de Santa Cruz a outro município gaúcho que permita conexões com São Paulo. Durante reunião com o ministro, Helena citou a importância do serviço, especialmente neste momento, em que o Estado passa por uma situação desafiadora em razão das enchentes. No encontro, ela estava acompanhada pelo deputado federal Heitor Schuch e o secretário municipal de Saúde, Fabiano Dupont.
Os voos comerciais entre o Aeroporto Luiz Beck da Silva e Porto Alegre estão suspensos desde o fechamento do Salgado Filho. A avaliação das autoridades é de que o serviço não seja normalizado antes de setembro. “Desta forma, além de todos os prejuízos que nossa região está sofrendo em virtude da chuva, também ficamos ilhados no que diz respeito à malha aérea”, ponderou Helena. Entre os aeroportos que podem atender a solicitação santa-cruzense estão os das cidades de Caxias do Sul e de Passo Fundo.
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O ministério apresentará a demanda à empresa Azul, companhia aérea que já opera no município, para a instalação da rota emergencial. Existe a possibilidade de que, depois de estabelecida, a nova linha seja mantida em definitivo. A prefeita destacou que a retomada de uma rota aérea também é indispensável para a economia da cidade. “Temos muitas empresas, multinacionais, para as quais esse serviço é mais que necessário, para que possam continuar desenvolvendo seus negócios”.
Helena também pediu a ampliação da pista do aeroporto santa-cruzense. Desta forma, a estrutura se tornará apta para receber aeronaves de maior porte e ofertar voos para mais destinos. Para alcançar esse patamar, a área de pouso e decolagem precisa ter de 25 a 30 metros de largura e o comprimento precisa passar dos atuais 1.180 metros para 1,3 mil a 1,5 mil metros. A prefeita foi atendida na solicitação para que o próprio ministério produza o projeto de ampliação, devido às especificidades técnicas que o mesmo requer.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou que iria iniciar a análise das solicitações o quanto antes. Para a priorização das demandas santa-cruzenses, também foi levado em consideração o estado de calamidade em que o Estado se encontra, bem como o papel que o município tem cumprido como polo regional no atendimento das cidades atingidas pela enchente.
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Helena considerou a atitude do ministro bastante proativa diante dos pedidos apresentados. “Como cidade-chave para a distribuição de ajuda humanitária para o Vale do Rio Pardo, é importante também que tenhamos no mínimo um voo, uma conexão com outra cidade que nos ligue ao resto do país”, argumentou.
O ministro também recomendou a realização de um termo de adesão com a Caixa Econômica Federal (CEF) para a definição de uma empresa que execute o projeto. O tema será tratado com a Superintendência de Serviços ao Governo do banco federal. Helena acredita que as tratativas deverão ser bastante ágeis, uma vez que a Administração Municipal já possui outros contratos com a CEF, estando familiarizada com os trâmites exigidos.
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Com o Aeroporto Internacional Salgado Filho inundado em Porto Alegre, a Base Aérea de Canoas começará a receber voos comerciais nesta segunda, 27. O aeródromo militar da região metropolitana está passando por adaptações provisórias para receber passageiros de forma emergencial, vindos do Estado de São Paulo.
O check-in, o embarque, o desembarque e os procedimentos de segurança em geral serão feitos no térreo do ParkShopping Canoas, em uma sala para 150 pessoas. Os passageiros serão transportados de ônibus para a base aérea, que fica a cerca de 3 quilômetros de distância. Toda a operação será de responsabilidade da Fraport, concessionária do Salgado Filho.
Ainda alagado, o aeroporto da capital gaúcha está com a venda de passagens suspensas e fechado por tempo indeterminado. Uma avaliação será feita quando as águas baixarem, a fim de identificar todos os danos. As águas tomaram a pista, o estacionamento e o térreo do aeródromo, localizado na zona norte da cidade. Os voos estão cancelados desde 3 de maio.
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