Janeiro e fevereiro têm uma conotação de ressaca. Corremos o ano todo. Quando chegam as festas de final de ano, o estresse aumenta ainda mais. É um período marcado por inúmeros compromissos, confraternizações e encontros. A energia está no limite, mas é preciso se fazer presente, cumprir o que exige a etiqueta social da boa convivência.
Passado o mês de dezembro, chegava o tempo de relaxar à beiramar, rio, açude ou apenas viajar. Afinal, é preciso fazer um relax para recarregar as baterias necessárias para encarar os desafios do ano. A correria precisa estancar para ser transformada em energia.
Nesta época, em que a rotina está virada de cabeça para baixo, muita gente não abriu mão do descanso no litoral. Leio e ouço muita gente criticando as pessoas que, com esgotamento nervoso, viram na ida à praia uma maneira de desligar um pouco da pandemia que centralizou as atenções ao longo de 2020. É óbvio que os descuidos com o distanciamento social são imperdoáveis, assim como as aglomerações irresponsáveis.
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Converso virtualmente com muitos amigos que estão confusos sobre o que enfrentaremos. Mesmo pessoas desorganizadas, como eu, fazem um planejamento mínimo, projetando as despesas, as pretensas aquisições (despesas) e a manutenção da casa (compras do supermercado).
Com a economia longe da vitalidade de 2019, a manutenção de empregos é vetor fundamental para assegurar o mínimo de conforto social. O governo federal, através do pagamento do auxílio emergencial, sustentou milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, mas o custo impactará fortemente nas contas públicas. A manutenção dessa rubrica é impensável. Por isso, o ano novo exigirá criatividade e responsabilidade.
Também foram destinados vultosos recursos para pequenas e microempresas, mas foi grande o número de negócios fechados ao longo da pandemia. 2021 será um ano ainda mais difícil. Além do prolongamento dos efeitos da crise sanitária, a incerteza sobre as vacinas agrava a insegurança, apesar da esperança que se mantém.
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Temos um grande caminho a percorrer até a imunização de toda a nossa população. Além da liberação dos órgãos fiscalizadores, em especial da Anvisa, os desafios incluem ainda armazenamento, transporte e conservação das vacinas. Um país continental, como o Brasil, com diversidades regionais acentuadas, exigirá uma logística detalhada para cada estado.
Mais do que nunca, os meses de janeiro e fevereiro exigirão equilíbrio. Cada dia será de equilíbrio e cautela. Mesmo sem a possibilidade de elaborar um planejamento detalhado – porque é difícil prever o que vem por aí –, devemos exercer a solidariedade e o bom senso. Minimizar sofrimentos é tarefa de cada um!
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