Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

GILBERTO JASPER

Mil palitos

Talvez eu seja um dos últimos remanescentes de uma raça em extinção que está minguando a cada dia. Acreditem: eu creio no respeito ao consumidor por parte da indústria, do comércio e dos prestadores de serviços. Na família sou conhecido como o “Rei do SAC”, fruto da esperança que deposito no Serviço de Atendimento ao Cliente. Para mim, não se trata apenas de uma sigla postada no rótulo por obrigação legal.

LEIA TAMBÉM: Deitar e dormir

O Código de Defesa do Consumidor foi criado pela Lei Nº 8.087, de setembro de 1990. Já faz bastante tempo. Lembro que a iniciativa gerou uma grande expectativa de que finalmente teríamos um instrumento de defesa eficiente, mas ainda há muita frustração, fruto do péssimo atendimento aos clientes. Ao longo do tempo tive muitas decepções, mas também tive experiências positivas ao recorrer ao SAC de algumas empresas.

Publicidade

Numa das primeiras vezes reclamei de um iogurte fabricado por uma tradicional cooperativa da Serra gaúcha, resultado do gosto alterado. Alguns dias depois da queixa, recebi uma ligação. Um funcionário com forte sotaque italiano e ao volante de um caminhão me perguntou:

– Tu é o Gilberto? Eu tenho uns produtos que mandaram te entregar.

LEIA TAMBÉM: 78 anos de lutas e sucesso

Publicidade

Apesar do “jeitinho” pouco afável do funcionário, a troca foi feita. A mercadoria estragada foi substituída e, de quebra, ganhei como “brinde compensação” diversos outros produtos da marca. Alguns que sequer conhecia.

Sou consumidor da mostarda Rib’s, marca de uma antiga lancheria localizada no centro de Porto Alegre. Atualmente o produto é fabricado pela Oderich, empresa tradicional localizada em São Sebastião do Caí. De sabor picante, o produto que comprei não correspondia aos dados contidos no rótulo. Acessei o site da empresa. Pouco depois recebi uma ligação. A atendente explicou que recebera a queixa e que seriam tomadas providências.

LEIA TAMBÉM: Contador de histórias

Publicidade

Incrédulo, um mês depois recebi uma análise laboratorial detalhada e um laudo redigido para que eu, como leigo, entendesse o erro cometido. A correspondência dizia que todo o lote fora retirado do mercado. Uma semana depois recebi uma cesta com mais de 20 produtos da marca, um cartão e um pedido de desculpas pelos transtornos.

Em dezembro passado reclamei de uma centenária marca de palitos, Gina, pela péssima qualidade da mercadoria. Uso palitos para fixar pedaços de carne de churrasco que ficam pendentes no espeto. Dias depois, um e-mail explicava que por questões ecológicas a indústria estava experimentando tipos de madeira para fabricar os palitos. Além de agradecer a reclamação, havia um pedido de desculpas. De brinde, ganhei mil – isso mesmo, mil! – palitos que pretendo trocar por refeições em algum restaurante ou food truck.

LEIA MAIS TEXTOS DE GILBERTO JASPER NO PORTAL GAZ

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.