O centroavante colombiano Miguel Ángel Borja, de 28 anos, foi apresentado oficialmente pelo Grêmio na tarde desta quinta-feira, 5, no CT Presidente Luiz Carvalho. Contratado por empréstimo junto ao Palmeiras até o fim de 2022, o reforço é um pedido do técnico Luiz Felipe Scolari, que trabalhou com o atleta no Palmeiras entre 2018 e 2019. Borja está em atividade e disputou a última partida no dia 9 de julho, quando a Colômbia venceu o Peru por 3 a 2 e ficou com o terceiro lugar na Copa América disputada no Brasil. Borja chegou a Porto Alegre na noite da última terça-feira, quando desembarcou no aeroporto Salgado Filho junto de sua família e empresário. Ele realizou exames médicos na quarta-feira, quando uma foto sua com a camisa do Tricolor vazou nas redes sociais.
O jogador agradeceu a confiança do Grêmio e comentou sobre a relação com Felipão. “Agradecer primeiramente a Deus, que estou de volta ao Brasil, minha segunda casa. Minha família gosta muito. Muito feliz. Agradecer a diretoria que acreditou muito no meu potencial. Acredito que vamos fazer história. Felipão me ligou, eu liguei também. Eu falei que estava agradecido por ele acreditar em mim. Acredito que vamos fazer história, com a mão de Deus, seguramente que sim”, declarou. “Faz dois ou três anos que falei que gostaria de jogar no Grêmio, pela história. Tem três Libertadores, não é fácil ser campeão, é a competição mais difícil do mundo. Estar aqui no Grêmio é um sonho que estava no meu coração”, completou.
Na temporada 2020/2021, o atleta foi emprestado ao Atlético Junior, de Barranquilla. No clube colombiano, foram 59 jogos e 35 jogos. Em 27 de julho, retornou ao time paulista, mas não disputou partidas pelo Verdão. O Tricolor trabalha para registrar Borja no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e deixá-lo apto para ser relacionado na segunda-feira, 9, quando o Grêmio enfrenta a Chapecoense pela 15ª rodada do Brasileirão na Arena, às 20 horas.
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O colombiano garante que o Grêmio vai reverter a situação vivenciada no Brasileirão. “Quando me procuraram, eu sabia que o Grêmio tem muita história. Acontece muitas vezes que o começo não está bem. Mas acho que tem elenco, tem para virar tudo que temos agora, não podemos esquecer da história do clube. Muitos jogadores querem vir, não importa a tabela. Só temos que seguir trabalhando e seguro que vamos virar isso aí”, disse.
No Palmeiras, Borja alternou momentos de destaque e outros de ostracismo. Chegou com o carimbo de maior contratação feita pelo clube e teve seu melhor momento em 2018, quando anotou 20 gols em 44 partidas disputadas. É o segundo maior artilheiro do Verdão na Libertadores, com 11 gols na competição. No retorno ao clube, o colombiano era elogiado pelo rendimento nos treinamentos e estava solto e feliz no dia a dia palmeirense. A decisão da diretoria do Palmeiras de liberar o atacante foi por conta da sobreposição de jogadores para a mesma função e pela necessidade de equacionar valores do negócio com a Crefisa, que bancou a contratação.
Sobre a adaptação ao Grêmio, Borja citou justamente a trajetória construída no Palmeiras. “Sempre estarei disposto a ajudar. Fico tranquilo com o que fiz no Palmeiras. Fui campeão, fiz história de ser artilheiro da Libertadores. Isso ninguém vai mudar. Deus está me dando mais uma oportunidade de fazer o que sei fazer. Tive a oportunidade ano passado no Junior Barranquilla e na Seleção. É seguir fazendo história no Brasil.”
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Borja aproveitou para falar das características e preferências em campo. “Acho que tem que trabalhar a cada dia. Eu gosto muito de fazer facão curto, diagonais curtas. Mas o que o professor Felipão, agora nos treinamentos, me fale o que tiver que fazer, vou fazer. Tem elenco, como falei agora, tem que só movimentar bem. A cada jogo vai ficar a opção de fazer gol”, explicou.
O centroavante ainda foi questionado se conseguirá ficar marcado na história do clube. “Sim, acho que os centroavantes que você falou agora (Barcos e Barrios), são grandes artilheiros, fizeram muita história aqui. Acho que estou pronto sim, seguro. Quando cheguei ao Palmeiras, tinha só 23 anos. Agora estou mais maduro. Muitas coisas aconteceram na minha vida que me ajudaram a melhor. Tem que falar só dentro do campo. Só trabalhar e tratar de fazer o meu melhor”, concluiu.
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