Cultura e Lazer

Miguel Beckenkamp: uma vida embalada por muitos ritmos

A música é um elemento onipresente na família do santa-cruzense Miguel Beckenkamp. Bisavô, avô, tios e o pai tocavam variados instrumentos. Assim, foi quase com naturalidade que ele próprio se sentiu inclinado para sons e ritmos. Nascido em 2 de abril de 1960, e criado nos limites entre os Bairros Goiás e Centro, desde os primeiros anos sentiu firmar-se a vocação para essa arte. E isso se confirmou de vez em sua caminhada de estudos, junto ao Colégio São Luís. Ali, entre os 14 e os 18 anos, de 1974 a 1978, integrou o icônico coral dos Canarinhos, sob regência do maestro Carmo Gregory. Entre ensaios e apresentações na região e em todo o Estado, aprimorou os seus dons musicais.

Aos 63 anos, recorda que toca violão há exato meio século, desde quando tinha 13 anos. Ao seu lado já estava, atento, o irmão Marcelo, seis anos mais novo, hoje com 57, e que também o seguiu no gosto pela música. Quando fez 20 anos, Miguel ingressou em faculdade de Música em Santa Maria. Era o começo dos mágicos anos 80, e justamente em 1980 ele arrematava o primeiro lugar em um festival em sua terra natal, com a canção Olhe o Mundo, composição sua em parceria com a prima Virgínia Beckenkamp.

LEIA TAMBÉM: Renato Sperb: quatro décadas de caminhada pela arte

Publicidade

Com a graduação concluída, em 1986 passou a lecionar na Escola Educar-se, onde ficou por quatro anos. Já entre 1990 e 1994, apresentava-se sozinho ou na companhia de Miguel. Por dois anos, entre 1990 e 1992, integrou como guitarrista a banda do músico Neto Fagundes, em Porto Alegre, com o qual conheceu quase todos os CTGs do Estado. Então, em 1995, ele e o mano Marcelo aventuraram-se em temporada nos Estados Unidos, fixando-se em Charlottesville, a cerca de 200 quilômetros de Washington.

Ele voltou antes, e Marcelo continuou um tempo por lá. Quando já estavam ambos de novo em Santa Cruz, animaram-se a gravar álbum autoral, e assim surgiu o Manos Brothers, em 1999. Miguel lembra de quanto, naquela década de 1990, a agenda era intensa para shows nos mais diversos recantos gaúchos. Bem diferente de agora, como frisa, quando cantores e bandas têm demanda local ou regional.

LEIA TAMBÉM: Killy Freitas: da Íris Ativa à Viúva Negra e à obra autoral

Publicidade

Com a chegada aos anos 2000, seguiam os compromissos com apresentações solo (violão guitarra, teclado, piano), ou na companhia do mano ou de amigos e colegas. Em 2008, decidiu rumar para a Inglaterra, onde viveu a experiência de tocar na rua, próximo ao Big Ben, em Londres, o célebre sino na torre noroeste do Palácio de Westminster, sede do Parlamento Britânico. De quebra, deu uma esticadinha até Liverpool e ali tocou no palco do Cavern Club, o bar temático que ficou mundialmente famoso por ter acolhido nada menos do que os Beatles, nos anos 60 e 70.

Novamente de volta a Santa Cruz e à região, tornou-se professor de Música no Colégio São Luís, retornando às origens de onde iniciou a sua própria formação, e agora auxiliando na educação artística das novas gerações. Nos anos seguintes, ainda teria importantes vivências e contribuições. Em 2012, tornou-se regente do recém-criado Coral de Monte Alverne, função em que seguiu até o surgimento da pandemia. E no mesmo ano gravou um CD autoral, Presente das Estrelas, com composições suas. Logo adiante, incorporou-se à formação atual da banda Íris Ativa, ao lado dos irmãos Renato e Rodrigo Sperb, com os quais se apresenta, com agenda lotada, há uma década.

LEIA TAMBÉM: Veco Marques: de Santa Cruz para a banda Nenhum de Nós

Publicidade

Ele ainda realiza shows com outros músicos, casos de Cleusa Fagundes e Volnei Martins. Ao lado da interpretação de covers de canções e de artistas de suas predileções, das mais diversas épocas, compartilham com o público os seus trabalhos autorais, marcados pela influência da melhor música nacional e internacional.

Com essa bagagem, dividindo-se entre os palcos, em Santa Cruz ou em todo o Estado, e ainda as salas do Colégio São Luís ou de suas aulas particulares, Miguel segue honrando a arte, que está no DNA de toda a sua família.

Cinco músicas referenciais para Miguel:

  • Penny Lane (Beatles)
  • Sexta Sinfonia (Beethoven)
  • A Farewell to Kings (Rush)
  • The Prophet’s Song (Queen)
  • Fool’s Overture (Supertramp)

LEIA TAMBÉM: Gazeta fará série dedicada a músicos de Santa Cruz e região

Publicidade

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

TI

Share
Published by
TI

This website uses cookies.