Após o bloqueio do WhatsApp iniciado nesta quinta-feira, 17, a partir da meia-noite, a imprensa internacional repercutiu nesta manhã a decisão da Justiça brasileira.
Os veículos citam o número massivo de usuários do aplicativo no Brasil, a influência das teles na política nacional e a manifestação do dono do Facebook Mark Zuckerberg na própria rede social, que detém o controle do aplicativo.
O francês “Le Monde” destaca que o bloqueio acontece em meio a um contexto particular no país e cita o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, como um “antigo lobista das teles”, além da possibilidade de a Casa “colocar em prática medidas que facilitem a vigilância de internautas e a censura nas redes sociais”
O jornal também cita o serviço de voz do WhatsApp como alvo de denúncias por parte das teles, que têm visto o número de clientes cair e pedem a regulamentação do serviço do serviço de voz gratuito oferecido pelo aplicativo. “Até aqui o governo se manteve surdo ao apelo”, diz o jornal.
O britânico “The Telegraph” diz que o bloqueio vem na esteira do lobby feito em agosto pelas operadoras para tentar tornar o WhatsApp ilegal também em função do serviço de voz gratuito. O jornal também cita que executivos das teles teriam considerado o aplicativo ilegal, não regulamentado e uma”operadora pirata”, em comparação às disputas enfrentadas no mundo todo pelo aplicativo de caronas Uber. O espanhol “El País” cita a afirmação da SindiTelebrasil, organização que reúne empresas de telefonia no país, de que as operadoras não estão envolvidas no caso do bloqueio.
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Outros veículos repercutiram ainda a manifestação do fundador do aplicativo Jan Koum que disse estar desapontado com a decisão e a postagem do aplicativo Telegram, que disse ter conquistado 1,5 milhão de usuários na madrugada desta quinta por meio do microblog Twitter.
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