Categories: Ruy Gessinger

Meus sonhos para 2020

Claro que não fui pular sete ondas (ou não sei quantas), nem me preocupei com qual cor de bermuda teria que ir para ver os fogos à beira-mar. Por sinal, detesto fogos de ruídos e estrondos. Também não mandei saudações por Whats, desejando muito dinheiro e essas coisas porque o dinheiro, excetuando alguns nichos em Brasília, só se consegue acordando cedo, trabalhando muito, tendo assiduidade, qualidade e correção. Se eu mandasse essa mensagem aos meus amigos eles se ofenderiam pela prosaica razão de que já estão realizados. Enfim, meus amigos hão de compreender que os “lugares-comuns” só servem para encobrir a formalidade vazia

Não fiz pedidos a nenhuma entidade espiritual, porque presumo que estas não tenham como atender a todo mundo.

Todavia eu gostaria que no ano que começa todos os “profetas”, “missionários”, “religiosos” das igrejas caça-níqueis, que adejam quais aves de rapina pelas redes sociais, parassem um pouco de tanto dar palpites, acirrar brigas entre as famílias e cessassem com essa mania de imoralmente invocar o nome de Deus em favor do vil metal.

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Também me aprazaria que as pessoas se contentassem com menos ostentação e cuidassem mais de sua saúde e da criação de seus filhos. A propósito: há algum tempo eu recebi uma mensagem em que aparece um pai indo visitar seu filho na prisão. O pai chega na frente de uma cela e exclama: “Filho! Onde foi que errei contigo??”. E de uma cela ao lado um jovem diz: “Pai, eu estou aqui e não com quem estás falando!”. 

Também gostaria muito que as pessoas não usassem seus carros como uma arma contra seus inimigos de rua. Se você está numa rodovia e o cara de trás começa a piscar o farol, sai da pista da esquerda, vai para a direita e deixa ele passar. Afinal, se ele quer se suicidar (sem ajuda não é crime), deixa que ele vá e não leve tua família junto.

Também seria muito importante que os eleitores não se deixassem impressionar por candidatos que saíram do nada, verdadeiros paraquedistas, querendo o seu voto sem uma reflexão melhor.

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Também me preocupa a erotização precoce das meninas. Tudo tem seu tempo e sua hora. Eu vejo, contristado, cada vez mais meninas abandonando a escola e partindo para, quase sempre, o abismo. Não que eu seja um puritano, mas as consequências são graves porque redundam, via de regra, em filhos que não têm condições de criar e educar.

Por fim, gostaria que meus queridos leitores continuem a me acompanhar e me mandar considerações e opiniões. Tenho muito prazer em escrever para a Gazeta, que é um jornal ágil, sério e principalmente moderno.

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