À 1h19 da madrugada deste domingo, 22, começa oficialmente o verão no Hemisfério Sul. A MetSul Meteorologia projeta uma estação com temperaturas acima da média histórica e chuvas abaixo da média, no Rio Grande do Sul. O que é boa notícia para quem vai curtir as férias, pode ser péssima notícia para agricultores.
De acordo com a MetSul, o verão 2019/2020 começa com o Pacífico Equatorial Central em estado de neutralidade, ou seja, sem influência dos conhecidos fenômenos El Niño ou La Niña.
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A chuva na estação é normalmente irregular, com muita variação entre as regiões. Neste verão, no entanto, a MetSul aponta irregularidade maior do que o normal e índices de chuva abaixo das médias históricas e falta de precipitação em muitas áreas, o que pode levar o Rio Grande do Sul, ou parte dele, a um quadro de seca entre moderada e forte, com falta de chuva como não se registra desde 2012.
Neste cenário, a MetSul Meteorologia alerta para a probabilidade de perda de produtividade nas safras de verão, diminuição dos níveis dos rios, risco de escassez de água para consumo humano e animal e um risco acentuado de queimadas.
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Como também é comum da estação, devem ocorrer episódios de chuva volumosa com curta duração e de forma localizada. Segundo a MetSul, historicamente as regiões Norte, Leste e Nordeste do estado têm maior tendência a estes episódios de chuva forte no verão, com destaque para o Litoral Norte que sofre maior influência das correntes de umidade que atuam nesta época do ano no Sudeste do Brasil e nos litorais de Santa Catarina e do Paraná.
Calor
O calor, obviamente, se fará presente. A MetSul projeta estação com temperatura acima da média histórica na grande maioria ou totalidade das cidades gaúchas com alguns períodos de calor muito intenso em que as máximas devem ficar próximas ou até superarem os 40 graus em partes do estado. Como se antecipa um verão com períodos secos até longos e intervalos de tempo seco tendem a favorecer extremos de calor, é alta a probabilidade que se registrem fortes ondas de calor neste verão. Apesar disso, especialmente em março são esperados dias de temperaturas amenas, com influência de rápidas passagens de ar frio, principalmente nas regiões Sul e Leste.
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Praia com menos vento e mar quente
Como neste verão espera-se temperatura mais alta do mar na nossa costa com ingresso da Corrente do Brasil favorecido pelo quadro de precipitação deficiente a partir de frentes frias que chegarão fracas ou mesmo desviarão do Estado, os veranistas tendem a enfrentar menos dias com Nordestão e vão desfrutar mais dias com mar claro e quente. O vento deve atingir as praias quando pulsos de ar frio de trajetória marítima atuarem sobre o Atlântico Sul perto da costa gaúcha.
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Risco de ciclones
Especialmente entre o fim deste verão e o começo do outono, por causa do tempo mais seco e da menor frequência de frentes frias, há um risco muito maior de formação de ciclones atípicos na costa do Rio Grande do Sul e do Sul do Brasil, seja de natureza subtropical ou mesmo tropical.
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