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Método promete melhorar o desempenho cerebral

Desde agosto existe em Santa Cruz do Sul uma escola para treinar o cérebro. Pode não parecer, mas toda a tecnologia que nos rodeia na atualidade acaba deixando nosso cérebro mais preguiçoso. Com o celular na mão, todas as tarefas podem ser executadas com a ajuda de aplicativos, sem necessidade de cansar a cabeça. Precisa fazer uma conta? Usa a calculadora. Precisa de um número de telefone? Abre a agenda de contatos. Mas qual o resultado a longo prazo de todas essas facilidades?

Pensando nisso, há dez anos foi criado o método Supera, que já conta com 200 escolas em todo o Brasil. O treino atua nas áreas da neurociência, educação e psicologia, e tem como objetivo melhorar o desempenho cerebral de pessoas de todas as idades. Segundo a diretora da unidade local, Lígia Tatsch Unfer, o ensino pode iniciar com crianças que estão na alfabetização e não tem limite máximo de idade. Lígia conheceu o método há alguns anos pela internet e se encantou, acabou indo a São Paulo conhecer o criador e hoje sua família toda também aprende o Supera.

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As aulas são semanais e tem duas horas de duração, com um breve intervalo de dez minutos. As salas atendem um máximo de 12 alunos por vez, e as turmas são divididas entre crianças, adultos e idosos, que recebem duas apostilas principais, uma sobre o Ábaco, instrumento de cálculo milenar e principal ferramenta das aulas, e outra chamada ‘Abrindo Horizontes’, que trabalha o raciocínio lógico. Nos seus sete meses de funcionamento, a sede tem recebido alunos de todas as idades.

O foco principal do curso é o treino do cérebro, melhorando a maneira de pensar, a criatividade, a concentração e a memória ágil. O treinamento prioriza as habilidades do estudante, em contrapartida ao ensino escolar tradicional focado apenas no conteúdo e que não explora a individualidade. Os efeitos deste tipo de atividade são comprovados cientificamente para melhorar a mente, e a capacidade de aprendizado. O Supera também pode ser usado como um trabalho preventivo de doenças degenerativas.

“Nós sabemos hoje que aos 27 anos o ser humano começa a perder naturalmente as sinapses, as conexões entre os neurônios. Com o passar dos anos esse dano vai apenas se acentuando”, explica Ligia. “Nós temos uma expectativa de vida cada vez maior, mas e quanto à qualidade de vida? A ginástica cerebral é um ganho para toda a vida. Cada nova coisa que aprendemos gera uma sinapse, formando uma reserva cognitiva.”

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Nas crianças e jovens, o treino do cérebro ajuda no desenvolvimento das funções cognitivas e melhora a capacidade de aprender, através do foco, da concentração e do pensamento lateral. Durante a terceira idade, a prática funciona como um exercício, mantendo a atividade cerebral com aprendizados que diminuem sintomas de perda de memória, tirando a mente do “modo automático”. Em todos os casos, o treino para o cérebro ajuda ainda nas relações sociais, aumentando a autoestima dos alunos e ajudando não somente casos de Alzheimer, Parkinson, autismo e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, mas também colaborando com o tratamento da depressão e da ansiedade.

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