Ao iniciarmos mais um Ano Novo, que é a época do calendário em que mesmo os que amam e os que odeiam uvas-passas no arroz conseguem concordar em uma coisa: é tempo de renovação e esperança. Aliás, a expressão Ano Novo veio do francês e significa despertar ou acordar, em referência à nova etapa de vida que se inicia. 

Em toda a passagem de ano, é comum que as pessoas façam, por mais superficial que seja, um balanço do ano que passou e tracem objetivos e metas para o ano que está iniciando. Mas, muita calma nessa hora. Não dá para pular as sete ondinhas do mar se elas são daquelas de mais de um metro de altura. Essa analogia diz respeito ao primeiro conselho da coach de alta performance Leila Arruda: manter os pés no chão para não se frustrar por não conseguir cumprir, ao fim do ano, alguns itens da relação de objetivos.

É normal chegar no fim do ano e lembrar-se, frustrado, do que tinha prometido para si mesmo ou até anotado, no início do ano que está terminando e não conseguiu atingir. Então, aproveitando a onda de esperanças e expectativas para o próximo ano, prometemos para nós mesmos que dessa vez, sim, “2024 será diferente!”. Será?

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O problema é que, durante o ano, surgem outras prioridades, imprevistos ou até mesmo outras vontades que fazem a pessoa parar de olhar para aqueles objetivos e perder totalmente o foco do que tinha se comprometido antes. 

São inúmeras as possibilidades de objetivos ou metas a alcançar no novo ano, dependendo do perfil ou da atividade de cada um. Embora a coluna seja voltada, essencialmente, para a educação do comportamento financeiro, a vida não é feita só de dinheiro. Então, as pessoas fazem promessas ou traçam objetivos para várias áreas de sua vida:

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  • Na saúde – praticar exercícios físicos, ter alimentação mais saudável, cuidar com o excesso de bebidas alcoólicas etc;
  • Na pessoal – ser uma pessoa mais fácil de lidar, ter mais tempo para a família;
  • Nos relacionamentos – mais atenção aos familiares, melhor trato com as pessoas etc;
  • Na profissional – comprometer-se com a atividade;
  • Na social – procurar conviver com pessoas fora do âmbito familiar;
  • Na espiritual – ver o sentido da vida;
  • Na financeira.

É claro que cuidar da saúde, dos relacionamentos, da profissão etc é importante, mas tudo isso depende, em maior ou menor grau, das finanças. Como mostra o estudo da 7Waves, startup que oferece um aplicativo gratuito para apoiar o planejamento e conquista de metas, metade dos brasileiros pretende guardar dinheiro, mostrando que as pessoas entendem a importância do dinheiro em suas vidas. 

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É hora de registrar aquelas promessas de início de ano, feitas no embalo do clima festivo e muitas vezes, já esquecidas. Com papel e caneta, planilha ou algum app, listar tudo o que se deseja fazer e alcançar em curto prazo (até um ano), em médio (até dez anos) e em longo prazo (mais de dez anos).

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Especificamente na área das finanças, com conhecimentos em educação do comportamento financeiro e, principalmente, com a mudança do modelo mental que prevê novas atitudes para lidar com o dinheiro, é possível ajustar a situação financeira ao real padrão de vida pessoal ou familiar, o que pode requerer algumas mudanças e, principalmente, planejamento. Daniele Costa, mentora e fundadora do portal Plataforma da Vida, dá algumas dicas essenciais para a realização de metas que dependem das finanças:

  • 1) Priorizar: muitas vezes, as pessoas acham que dinheiro nasce em árvores – se bem que, investindo em árvores, é possível obter ganhos financeiros – e acabam gastando em coisas que não são importantes ou, pior ainda, nem sabem em que.
  • 2) Colocar no topo da lista os objetivos principais para evitar que o dinheiro acabe sendo gasto em outros itens.
  • 3) Apurar o custo dos objetivos para saber quanto custa cada um, de onde tirar o dinheiro e em quanto tempo quer realizá-los.
  • 4) Revisar os gastos para identificar coisas desnecessárias e desperdícios: muitas vezes, a melhor poupança está na redução de gastos; pesquisas indicam que é possível economizar de 20% a 50% só com os gastos, reduzindo, substituindo e eliminando itens; por exemplo, ver se usa todas as assinaturas que paga, se precisa de um plano mais caro de celular etc.
  • 5) Procurar alguma oportunidade de renda extra.

Para fazer um ano diferente, obviamente melhor, em todas as áreas da vida, deve-se fazer coisas diferentes. É loucura fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes. Não adianta só usar cueca ou calcinha amarela para ter mais prosperidade, se gasta tudo e mais um pouco; guardar semente de romã na carteira, se não consegue poupar; ou pular sete ondas do mar se não corta gastos desnecessários ou desperdícios. Listinhas de metas de início de ano, inclusive as financeiras, na prática, não funcionam porque, geralmente, não são pensadas nem planejadas. Não passam de novas velhas promessas para o ano novo. Lembrando a letra daquela repetida canção de passagem de ano – Adeus Ano Velho, Feliz Ano! – não é o novo ano que tem que ser diferente, melhor, mas cada um de nós. Isso só é possível adquirindo novos conhecimentos, que é o objetivo de 35,85% dos brasileiros, conforme apurado pelo site 7waves, citado anteriormente.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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