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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Metade dos municípios do Vale do Rio Pardo tem o agronegócio como destaque de vendas

Brasil ampliou exportação, conforme Alckmin, dez vezes mais do que média mundial

O governo federal anunciou, nessa segunda-feira, 22, o programa Nova Indústria Brasil. A expectativa é de investir R$ 300 bilhões até 2033, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). As ações serão via empréstimos com juros reduzidos, como subsídios e ampliação de investimentos federais, além de incentivos tributários. O anúncio aparece como boa-nova para o Vale do Rio Pardo, que tem metade dos municípios com balança comercial dependente do agronegócio.

Basicamente, a região vende para outros países tabaco, carne, madeira e adubos. Exemplos são os municípios de Candelária, Encruzilhada do Sul, Pantano Grande, Sinimbu, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz. Em 2023, segundo o Sistema de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Santa Cruz do Sul comercializou com o exterior US$ 1,551 bilhão. O montante é o mais alto desde 2013, quando a cifra chegou a US$ 1,532 bilhão. Ao todo, 552 grupos de diferentes itens foram comercializados pelas empresas instaladas no município. Os produtos relacionados ao tabaco dominam os 13 primeiros da lista, que é liderada pelo tabaco não manufaturado.

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Os principais compradores são a Europa e a União Europeia, Ásia, Associação das Nações do Sudeste Asiático, América do Norte, Oriente Médio, América do Sul, Mercosul e África. O relatório também destaca itens curiosos que as empresas instaladas em Santa Cruz vendem ao exterior. O levantamento mostra produtos como assentos, pedras preciosas, cabos, fios, sementes, artigos de jogos, artefatos de uso doméstico e alimento, além de roupas, ferramentas e até bijuterias.

As perspectivas para 2024, com base no Boletim de Conjuntura elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Estado, indicam uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul acima da registrada em 2023. Após um ano no qual a estiagem ainda afetou as lavouras, a recuperação da produção de soja e milho deve sustentar o movimento e impulsionar as chamadas atividades associadas – como as indústrias ligadas ao setor agropecuário.

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Nesse segmento, a perspectiva é desafiadora. A indústria de transformação, principal do Estado, deve registrar recuperação por causa da baixa base de comparação de 2023, com destaque para as atividades ligadas à agrícola. A demanda externa pode gerar pressão negativa, em especial por conta das incertezas sobre a economia da Argentina, principal parceiro comercial do Rio Grande do Sul.

BRDE financia empreendimentos no Sul

Na região Sul, o BRDE aparece como parceiro para o desenvolvimento. Uma indústria de Santa Cruz vem incorporando inovações significativas na sua linha de produção. Com o apoio do banco, investe no desenvolvimento de uma órtese eletroestimuladora funcional de membros, produto tradicionalmente importado.

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Com um financiamento próximo dos R$ 15 milhões, o projeto também compreende a criação de uma nova linha de produtos para apoio à caminhada, como bengalas, muletas e andadores. Ela tem adotado novas tecnologias e materiais para a fabricação de órteses, buscando torná-las mais confortáveis e duráveis. A iniciativa engloba ainda o desenvolvimento de um sistema produtivo para bolsas térmicas gel, seguindo o conceito lean manufacturing.

Brasil bateu recorde em 2023

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços cita o relatório mensal elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) sobre a Balança Comercial Brasileira, referente a 2023. De acordo com o documento, o País bateu recorde de exportações no ano passado, com 339,7 bilhões de dólares, crescimento de 1,7% em relação a 2022. O saldo comercial também foi inédito: 98,8 bilhões de dólares, isto é, aumento de 60,6% em relação ao ano anterior (61,5 bilhões). “Nós tivemos uma expansão dez vezes maior do que a média mundial, que teve um volume de exportação 0,8% maior, e o Brasil, 8,7% em seu volume de exportação. Ou seja: dez vezes mais”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.

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Ao anunciar os dados, Alckmin destacou como fundamental a retirada de restrições contra a exportação de tubos de aço brasileiros por parte dos Estados Unidos, vigente desde 1992, o direito antidumping, imposto a importações feitas a preços de dumping, isto é, abaixo do custo. “Esse antidumping implicava num aumento de 103,4% dos preços das exportações brasileiras. Os EUA retiraram esse direito, que vai melhorar muito as exportações de tubo de aço”, comemorou.

O relatório aponta que o setor agropecuário respondeu por 24% das exportações brasileiras, somando 81,5 bilhões de dólares em 2023, com crescimento de 9% ao longo do ano. Os itens mais exportados foram: soja, com 15,6% de participação; óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (12,52%); minério de ferro e seus concentrados (8,98%).

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