O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) teve seus dados referentes a agosto divulgados nessa sexta-feira, 27. De uma forma geral, os números são positivos. O Rio Grande do Sul registrou 10.413 novas vagas, somando crescimento de 4% no acumulado do ano, em comparação com 2023. Em agosto, o destaque foi a construção civil, com crescimento de 1,23%. Dos 16 municípios avaliados pela Gazeta do Sul na região, oito tiveram saldo positivo, com destaque para Pantano Grande, com cem admissões a mais do que demissões.
Santa Cruz do Sul, seguindo os efeitos do pós-safra na indústria do tabaco, teve o fechamento de 1.327 postos de trabalho formal. O município ainda figura entre os que mais geraram oportunidades neste ano. Foram 2.842 novos contratados nos primeiros oito meses, ficando atrás de Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo.
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Com grande influência do setor, Venâncio Aires, até o mês passado, figurava entre os dez maiores. Com as 849 vagas fechadas em agosto, deixou esse grupo. Vacaria e Bento Gonçalves, também sob efeito de culturas sazonais, são 9º e 10º colocados na somatória do ano.
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Mesmo tendo sido negativo, agosto não foi o pior para Santa Cruz. Desde a implantação do novo mecanismo de medição do Caged, 2020 e 2022 foram melhores e 2021 e 2023 piores. No último ano, fechou-se quase o dobro de vagas em agosto, superando 2,6 mil postos encerrados. O secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato, explica que, mesmo no período de entressafra do tabaco, há empresas no setor da indústria com dificuldade em seus processos de contratação, mesmo tendo qualificado ainda mais seu leque de benefícios.
Um exemplo do que afirma o secretário aparece nos números do Caged. Na indústria da transformação, segmento da fabricação e produtos de metais, o saldo entre admissões e demissões foi 98. Outra área, enfatiza Cechinato, que se destacou foi a da saúde, com instalação de empresas. Três dos novos empreendimentos posicionam-se entre as 50 maiores recolhedoras do Imposto Sobre Serviços (ISS).
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Rio Grande do Sul consolida a retomada na geração de vagas
O Rio Grande do Sul contabilizou 1.046.938 admissões e 991.165 desligamentos, totalizando saldo positivo de 55.773 postos criados de janeiro a agosto. É o que apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e compilados pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS).
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O setor de serviços apresentou o maior saldo de janeiro a agosto deste ano, com 29.008 postos de trabalho criados, seguido pela indústria (19.689), construção (7.806) e comércio (150). Apenas a agropecuária registrou fechamento de vagas (-880). Em todo o Brasil, o saldo de agosto é 232.513. A indústria representou 0,58% de crescimento, sendo o destaque proporcional, e o setor de serviços contratou 118.364, o maior em números absolutos.
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Na visão do diretor-presidente da FGTAS, José Scorsatto, após dois meses de queda do emprego, em maio e junho, os dois últimos meses (julho e agosto) apresentam franca recuperação das perdas causadas pelas enchentes: “As ações para reconstrução e recuperação do RS promovidas pelo governo estão surtindo maior efeito”, comemora.
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