Lionel Messi é, indiscutivelmente, um dos maiores jogadores de todos os tempos. E, para muitos, já superou até mesmo o compatriota Diego Maradona. Mas ainda não ganhou um lugar definitivo no coração dos torcedores argentinos. Isso porque o camisa 10 teve mais uma oportunidade de tirar seu país do jejum de 23 anos sem conquistas na noite deste domingo, 26, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. E não conseguiu. A Copa América Centenário é do Chile, de Alexis Sánchez, Arturo Vidal, Charles Aránguiz, Eduardo Vargas e Claudio Bravo.
A derrota argentina veio novamente com requintes de crueldade. Após um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, o Chile foi mais eficiente nos pênaltis, num roteiro parecido com o de 2015. A diferença é que Messi, naquela ocasião, converteu sua penalidade. Dessa vez, o craque isolou sua cobrança, no melhor estilo Roberto Baggio na Copa do Mundo de 1994. O volante Lucas Biglia também desperdiçou seu pênalti, parando em Bravo. Vidal até perdeu para La Roja, mas os demais companheiros fizeram a sua parte, garantindo o segundo título oficial da Seleção em sua história
Oportunidades não faltaram para a Argentina sair da fila no tempo normal. Gonzalo Higuaín, o mesmo atacante que ficou marcado por perder gols feitos nas finais da Copa do Mundo de 2014 e Copa América do ano passado, repetiu o feito nesse ano, após receber um presente de Gary Medel no primeiro tempo. Ainda na etapa inicial, o árbitro brasileiro Heber Roberto Lopes roubou a cena, ao expulsar Marcelo Díaz, do Chile, e Marcos Rojo, da Argetina.
Publicidade
No segundo tempo, com os times mais recuados após as expulsões, o Chile foi mais perigoso e por pouco não antecipou a agonia dos hermanos. Sánchez e Vargas infernizaram a bem postada defesa argentina. Messi, por sua vez, tentava quase que sozinho derrubar o time adversário, já que Angel Dí Maria, voltando de lesão e longe da melhor forma física, foi figura decorativa na partida. Nem a entrada de Sergio Agüero melhorou a situação.
Na prorrogação, tanto Argentina quanto Chile tiveram chances de definir o marcador. Na melhor delas, Agüero obrigou Bravo a fazer uma defesa cinematográfica. E como esse lance fez falta para a Albiceleste, já que nas penalidades, veio a tragédia. A última vez que os argentinos deram uma volta olímpica foi em 1993, na Copa América disputada no Equador. Tempos em que o craque do país era Gabriel Batistuta. De lá para cá, são sete vices, sendo três nos últimos três anos. E a fila aumentará para 25 anos em 2018, próxima competição oficial que a Argentina jogará. Possivelmente, a última chance de sair do jejum com Lionel Messi.
A imagem diz tudo. Messi, desolado, segue sem títulos pela Argentina
Foto: Divulgação/Copa América Centenário
Publicidade