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Mesmo no pior cenário, PIB agropecuário deve subir 1,3%, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que mesmo no pior cenário no âmbito do impacto da pandemia do novo coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário terá alta de 1,3% este ano, segundo divulgado nesta terça-feira, 26, na Carta de Conjuntura da entidade.

O índice revela ligeira queda em relação à previsão de alta de 1,4% estimado no Boletim Agro de abril. O novo cenário conta com resultado mais positivo da lavoura, alta de 2,8%, ante 2,7% anteriormente, mas queda de 2% da pecuária, ante redução de 1,5% no boletim de abril.

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Levando em conta os prognósticos da safra deste ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse crescimento pode atingir 2,5% este ano, e com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 2,3%. “O Grupo de Conjuntura simulou o PIB agropecuário para o cenário de estresse, em que parte da produção é mais afetada por eventos adversos, especialmente os relacionados à pandemia de Covid-19”, disse o Ipea no documento.

De janeiro a abril de 2020, os dados do comércio exterior da cadeia do agronegócio mostram aumento de 7%, em valor, comparado com igual período do ano passado. Já nas importações de insumos para agropecuária, a queda foi de 16% em valor no mesmo período. “Certamente a desvalorização do real de mais de 20% contribuiu fortemente para a queda das importações, inclusive entre os produtos mais importantes para o setor”, afirmou o Ipea.

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A importação de defensivos agrícolas caiu 12% em valor e 16% em volume; adubos caíram 33% em valor e 12% em volume; e a de compostos heterocíclicos, usados na produção de medicamentos veterinários, caiu 23% em valor e 22% em quantidade.

Em meio à pandemia, o Ipea registra que o crédito rural teve crescimento de 26,8% no volume total no bimestre março-abril, que segundo a entidade é fruto de um esforço do governo e das entidades integrantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) para amenizar o impacto da Covid-19.

Em abril, o volume de crédito acumulado em 12 meses subiu para R$ 189,5 bilhões, 1,8% maior do que em março e 8,1% a mais do que no mesmo mês de 2019.

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