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Mesmo na reserva, Neymar e Kaká são os mais tietados pela torcida nos EUA

Com pouco público e estrelas na reserva, as atenções da torcida no amistoso do Brasil contra a Costa Rica, neste sábado, 5, em Nova Jersey, voltaram-se para o banco. Durante o hino nacional e ao longo do primeiro tempo, as câmeras de TV se revezaram entre os titulares, no gramado, e Kaká e Neymar, na reserva. Sentados lado a lado, os dois se divertiram quando meninas da torcida gritavam para atrair seus olhares. Neymar e Kaká se entreolhavam e faziam comentários entre si.

No segundo tempo, os nomes das estrelas brasileiras foram cantados em coro diversas vezes. A torcida comemorou a entrada de Kaká, no inicio do segundo tempo. “Faz um gol pra gente, Kaká!!”. Quando Neymar correu em direção ao campo, sinalizando que jogaria, até os costarriquenhos comemoraram, salvo por uma ou outra vaia. Mas era um alarme falso, e o atacante voltou a aquecer. Quando ele finalmente foi anunciado, aos 35 do segundo tempo, o estádio inteiro se levantou para fotografar, filmar e aplaudir. “Demorou demais!”, um homem protestou.

No final da partida, um homem com camisa do Atlético Mineiro invadiu o campo e abraçou Neymar. Dos 25 mil lugares disponíveis na arena Red Bull, 19 mil foram ocupados. Os dois países têm comunidades grandes em Nova Jersey, mas os torcedores do país centro-americano vieram em maior quantidade e fizeram mais barulho. Mesmo eles, contudo, estavam mais ansiosos em ver o Brasil jogar.

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“Sou Costa Rica no sangue, mas Brasil no futebol”, contou Dennis Monge, 42. “Nós [Costa Rica] sempre perdemos, mas o bonito do Brasil é que sempre ele dá espaço para os adversários jogarem”. Crianças americanas vieram vestidas com o uniforme da seleção brasileira na expectativa de assistir a Neymar. “Sempre vejo ele no Barcelona”, contou uma menina de 12 anos.

Fã do Brasil, o americano Timbo Baggins, 35, achou uma “vergonha” o estádio pouco cheio. “Deveriam distribuir ingressos”. Com entradas custando de US$ 65 a US$ 310 e outros eventos da comunidade no final de semana, muitos brasileiros desistiram de acompanhar a seleção. “O dólar está a quase RS$ 4. Vale muito mais a pena mandar R$ 800 para a sua mãe no Brasil do que pagar US$ 200 para vir ao estádio”, comparou Guilherme Capelini, 34, que trouxe o filho de dez anos, a despeito do câmbio. “Todo mundo está mandando dinheiro”, disse.

Além disso, no domingo, 6, acontece o BR Day, evento organizado pela Globo em Nova York com artistas nacionais. Segundo Capelini, muita gente se programou para ir somente à festa.

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