Mesmo foragido, réu por homicídio de Cleisinho será julgado em tribunal

Considerado o homicídio de maior repercussão registrado em Santa Cruz do Sul em 2022, o caso envolvendo a morte de Cleison dos Santos, o Cleisinho, de 21 anos, em março, chega a uma fase decisiva no âmbito do Judiciário. A juíza Márcia Inês Doebber Wrasse, da 1ª Vara Criminal, proferiu a sentença de pronúncia para Diogo Francisco da Silva, 21 anos, acusado de ter degolado e enterrado o jovem em uma cova junto a uma área de mata no Loteamento Santa Maria, Bairro Dona Carlota.

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O acusado, atualmente, encontra-se foragido do sistema prisional. Mas esse fato não irá trancar o andamento do processo criminal. Mesmo se não for recapturado, Diogo será julgado à revelia, pois já havia sido citado na fase de instrução e intimado de sua sentença de pronúncia ainda quando estava no Presídio Estadual de Candelária. Por isso, o caso deve seguir o trâmite normal e uma data para seu julgamento deve ser marcada, mesmo que ele não compareça para responder por seus atos.

Entenda

O procedimento obedece a lei número 11.689, de 2008, do Código de Processo Penal (CPP), que alterou a metodologia do Júri formatada em 1941, e permitiu que o réu denunciado pela prática de crime doloso contra a vida, de competência do Tribunal do Júri, seja julgado em plenário mesmo sem estar presente. No entanto, devido ao fato de serem priorizados casos envolvendo réus presos, a marcação do júri de Diogo Francisco da Silva deve demorar. Ele é defendido pela Defensoria Pública.

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O jovem fugiu do presídio em 5 de outubro. Desde então, vem sendo procurado. O indiciado teria aproveitado um dos dias de visita a detentos para fugir pelo telhado da casa prisional. Ele cumpria prisão preventiva no local desde 20 de abril, quando foi localizado no interior do mesmo município onde ficou detido, após busca conduzida pelos agentes da 2a Delegacia de Polícia, que investigaram o caso.

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