No início da tarde desta sexta-feira, 17, professores municipais se reuniram na Praça da Bandeira, no Centro de Santa Cruz do Sul, para uma manifestação pacífica. Os profissionais vêm debatendo com a gestão municipal o reajuste salarial da categoria, mas ainda não houve consenso.
“Esses 14,95% que solicitamos não representam todas as nossas perdas históricas. Tivemos o período de pandemia em que, obviamente, não era possível dar o reajuste até por uma questão de legislação, mas já temos outros índices passados que não foram pagos”, explica o presidente em exercício do Sindicato dos Professores Municipais (Sinprom), Eduardo Barreto.
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Conforme Barreto, em 2020 estava previsto um reajuste de 12,84% que não foi repassado à categoria. Para ele, o magistério municipal está com o salário defasado. “Estão com dificuldades de nomear todo mundo, as crianças acabam chegando mais cedo em casa porque o quadro de professores não consegue ser fechado”, pontuou, citando falta de valorização dos profissionais.
O presidente em exercício conta que a Prefeitura não traçou um plano para suprir a demanda dos aposentados que foram desligados em virtude de determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós tivemos a questão dos servidores públicos aposentados no final do ano passado. Eles já tinham data para sair em dezembro, porém não houve um planejamento. Se havia uma data, já poderia ter um planejamento para iniciar o ano letivo da melhor maneira possível, pensando nas crianças e jovens”, salientou o representante.
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Outra problemática sinalizada pelo representante é que, devido à falta de professores, profissionais de outras áreas estão assumindo responsabilidades que não deveriam. “Professores de outras disciplinas dando aula nas que estão faltando; diretores, vice-diretores, supervisores e orientadores entrando em sala de aula porque não há profissional específico para aquela disciplina”, diz Barreto.
Apesar da recusa dos professores em relação à proposta apresentada pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul, a Administração Municipal decidiu manter a oferta de 5,6% no início de abril, 2% em julho e aumento de 10% no vale-alimentação. O documento que prevê a reposição total de 7,6% foi protocolado na Câmara de Vereadores, onde será apreciado pelos parlamentares, na tarde desta sexta-feira.
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O índice, no entanto, fica longe do que os educadores solicitam. O pedido do Sinprom é de um reajuste de 14,95%, acompanhando o percentual estabelecido pelo Governo Federal para o Piso Nacional da categoria. Esse índice, conforme contraproposta apresentada nessa semana pelo Simprom, poderia ser pago em duas parcelas: 7% agora e os outros 7,95% em junho.
Em entrevista para a Rádio Gazeta, Eduardo Barreto, lamentou o encaminhamento dado pelo Município à situação. “Nos magoa, pois nós, professores, sempre mantivemos um diálogo aberto, educado. Esses índices obviamente não são justos. Queremos uma reposição digna, nada mais do que aquilo que está previsto em lei”, afirmou.
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O mesmo percentual de reajuste, de 7,6% deve ser aplicado aos salários das outras categorias que compõe o funcionalismo municipal. A proposta do Município ainda prevê aumento de 10% no vale-alimentação dos servidores.
*Colaborou o jornalista Leandro Porto
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