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Mesmo com fim da MP, carteirinha de estudante digital vai continuar valendo

Os estudantes que emitirem a carteirinha digital de estudante, a ID Estudantil, até domingo poderão continuar usando o documento para pagar meia entrada mesmo após a Medida Provisória que criou o documento perder validade. O documento foi criado pelo Executivo em setembro, mas desde o lançamento do aplicativo não houve nenhuma movimentação no Congresso para tornar a medida definitiva.

A Medida Provisória determina que as carteiras físicas valem até o dia 31 de março do ano subsequente à emissão. Já as digitais “valem enquanto o aluno permanecer matriculado” na instituição de ensino. Ou seja, um estudante que começou um curso de graduação neste semestre e emitiu o documento, poderá usar o documento durante todo o período que mantiver o vínculo com a faculdade.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), desde que a MP foi assinada, em setembro, mais de 271 mil documentos foram emitidos gratuitamente. Desse total, quase 87 mil foram solicitados apenas nos últimos 20 dias. Cada carteira digital custa ao governo R$ 0,15. Até o momento, o governo federal gastou R$ 40,7 mil reais. O governo ainda gasta R$ 250 mil com hospedagem e desenvolvimento de sistemas.

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A MP da Liberdade Estudantil retirou o monopólio da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) para emissão dos documentos, utilizados principalmente para o pagamento de meia entrada em eventos culturais e esportivos. As entidades são ligadas ao PCdoB, partido de oposição a Bolsonaro, e cobram cerca de R$ 35,00 pelo documento.

A medida foi vista pelos parlamentares como uma tentativa de retaliação do governo aos grupos afetados, e morreu no Congresso. A aprovação é considerada impossível, uma vez que o texto não passou sequer pela comissão, primeira etapa da análise de qualquer lei.

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De acordo com o advogado João Carlos Velloso, do escritório Advocacia Velloso, o Congresso tem a prerrogativa, prevista na Constituição, de disciplinar os efeitos das medidas provisórias após o término do prazo de validade. Os parlamentares poderiam, por exemplo, editar um decreto legislativo para invalidar as carteirinhas digitais emitidas durante a vigência do texto.

Nova tentativa

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou recentemente que o governo não desistirá do projeto da carteirinha digital. Em entrevista a um canal no Youtube, Weintraub afirmou que o governo vai encaminhar um projeto de lei para manter a emissão do documento.

O caminho para aprovação, no entanto, não será fácil, já que o ministro não tem uma boa relação no Congresso. Recentemente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não negociaria com o chefe da pasta da Educação, pois, segundo ele, o ministro representa o grupo da “bandeira do ódio”.

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Como emitir o documento

– Baixe o aplicativo “ID Estudantil” disponível, gratuitamente, no Google Play ou na Apple Store;
– Faça um cadastro pelo login do gov.br, usando o CPF e uma senha para acesso ao sistema do governo federal;
– Clique na opção para inserir uma nova ID Estudantil e aceite os termos e condições;
– Caso o estudante tenha CNH, será feito um cruzamento com a fotografia tirada no aplicativo com dados do Denatran para reconhecimento facial. Caso o estudante não tenha, será solicitada uma foto do rosto e uma foto do RG (frente e verso);
– Pronto. A ID Estudantil foi criada e ficará disponível no aplicativo.
– Também é possível que o responsável emita o documento para menores de 18 anos. Neste caso, selecione a opção “ID Estudantil – dependente”.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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