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Abastecimento

Mesmo com calor, consumo de água se manteve dentro da média em Santa Cruz

Foto: Rafaelly Machado

Lago Dourado está com 77,5% da capacidade, bem acima do que foi registrado no auge da estiagem, em 2020

Com o forte calor dos últimos dias, em que a temperatura chegou à marca dos 40 graus e a sensação térmica subiu a 49 graus, o consumo de água em Santa Cruz do Sul se manteve dentro da média, de 30 milhões de litros. A situação é alterada nos finais de semana, quando a demanda é maior. O gasto avança para 40 milhões de litros ou mais, principalmente pela utilização de água na limpeza da casa, na lavagem de roupas e de automóveis.

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Segundo o gerente local da Corsan, Bruno Barbosa Barreto, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, a companhia está preparada em relação ao aumento de consumo. Uma das ações é captar água diretamente do Rio Pardinho, para preservar o Lago Dourado. Outra iniciativa é a substituição de redes antigas e a instalação de válvulas redutoras de pressão, o que reduz o rompimento de canalizações e o consequente desperdício. A Corsan opera com uma capacidade máxima de 460 litros por segundo na Estação de Tratamento de Água (ETA). Durante a madrugada, o índice é reduzido, mas nunca fica abaixo de 400 litros por segundo.

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Barreto assegura que Santa Cruz do Sul estaria passando por um racionamento caso não existisse o Lago Dourado. Para Barreto, o Lago consegue suprir as necessidades do município. O mais importante, conforme ele, é reduzir o índice de perdas, inclusive com a busca ativa de vazamentos invisíveis. Já foram substituídos 15 mil hidrômetros no ano passado.

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“Estamos trabalhando forte para evitar que altos volumes de água sejam desperdiçados”, enfatiza. Segundo Barreto, o padrão de potabilidade da água está sempre de acordo com a portaria do Ministério da Saúde. Mesmo em períodos de proliferação de algas no Lago Dourado, problemas com a qualidade de água são bem pontuais.

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No auge da estiagem, em 2020, volume de água do reservatório apresentava nível crítico, com 51% da capacidade ao final de março | Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Barreto ressalta que o Rio Pardinho segue abastecendo o Lago, mesmo com a redução no nível, na altura da barragem de captação. Contudo, não é possível captar água desde dezembro no ponto definido pela Corsan, exatamente para preservar o volume do Lago Dourado. “A água do Lago Dourado é retirada somente no verão. Como estamos captando somente de lá no momento, a capacidade está em 77,5%”, menciona.

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A altura está em 4,11 metros, mas o normal é de 4,88 metros no ponto de captação, onde ocorre a leitura. Apesar da elevação na taipa, o nível permaneceu o mesmo. O eventual volume excedente é uma margem de segurança. Conforme as informações fornecidas pela Corsan, o Lago Dourado perdeu 10% do volume nos últimos 30 dias. O índice de evaporação está muito alto, com o calor intenso.

Alguns bairros, como Linha Santa Cruz, Jardim Europa e Country, são abastecidos por cinco poços artesianos. Loteamentos do Bairro Aliança recebem água de dois poços. Há uma possibilidade de abertura de outros três poços a partir de fevereiro. Além da perfuração, a Corsan precisa analisar a qualidade da água para atestar a potabilidade.

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Outra questão levantada por Barreto é a necessidade de investimentos na rede elétrica. As quedas de energia paralisam as bombas nos recalques de captação, o que retarda a normalidade do abastecimento durante o acionamento dos motores. “É um fator que compromete o bombeamento e pode até queimar as bombas.”

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Seca em 2020

No fim de março de 2020, a capacidade do Lago Dourado estava em 51%, por causa de uma das estiagens mais severas. No período inicial da pandemia, o consumo havia aumentado pela maior presença das pessoas em casa. Em abril de 2020, no auge da seca, o nível do Lago chegou a 2,38 metros e a vazão do Rio Pardinho, a 30 litros por segundo – menos de um quarto do que seria necessário para abastecer a cidade. O Lago dispõe de capacidade suficiente para até seis meses de fornecimento, mesmo sem contribuição do Rio Pardinho. Bruno Barreto acredita que o período pode ser menor hoje, até pelo crescimento populacional do município. Inaugurado em 27 de setembro de 2000, o reservatório abriga 2,6 bilhões de litros de água.

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