Quando um recém-nascido vem ao mundo, uma das primeiras ações desempenhadas pelas mães é a amamentação. O leite materno é o alimento mais completo para os bebês. Além de saciar a fome e gerar um vínculo entre mãe e filho, contribui para proteção contra possíveis infecções e doenças para ambos. De acordo com o Guia alimentar para crianças brasileiras de menos de 2 anos, disponibilizado pelo governo federal, a recomendação é que a criança seja amamentada já na primeira hora de vida até os seus 2 anos ou mais.
Ainda que seja fundamental para o desenvolvimento dos pequenos, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apenas 45,7% dos bebês nascidos no Brasil são amamentados com exclusividade até os seis primeiros meses de vida. “É preciso reverter esse panorama, melhorar a educação e aumentar a capacidade de todos os protagonistas que trabalham por essa causa, para assim reestabelecer as taxas de amamentação, nutrição e saúde, tanto em curto como em longo prazo”, afirma Maitê Lima, sócia-proprietária da Maternagem, empresa de consultoria em amamentação.
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O Agosto Dourado promove a campanha de conscientização sobre o incentivo ao aleitamento materno. Neste ano, o Ministério da Saúde instituiu como tema Fortalecer a amamentação: educando e apoiando.
De acordo com Ingre Paz, sócia-proprietária da Maternagem, o tema de 2022 reforça que a amamentação promove um vínculo afetivo entre mãe e filho. “Independente do cenário, a campanha proporciona segurança alimentar às crianças desde o início da vida, contribuindo para a segurança alimentar de toda a família”, ressalta.
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No momento de puerpério, período após o parto em que o organismo da mulher volta às condições normais, um dos momentos mais difíceis é o aleitamento. Por isso, a mãe precisa se informar durante toda a sua gestação sobre o período de amamentação. “O que nós, profissionais da saúde, observamos é a dificuldade em manter o processo de aleitamento materno, seja em função do retorno ao trabalho exercido pelas mães, seja por conta da falta de uma rede de apoio ou informações”, afirma.
Espaço para as mães no hospital
Para enfatizar a campanha do Agosto Dourado, a equipe da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do HSC organizou um espaço para que as mães tenham a oportunidade de registrar e eternizar este momento. Um estúdio foi elaborado e montado pela enfermeira Inês Henn junto à equipe, com o apoio da coordenadora de enfermagem da área materno-infantil, Lis Spat. Nesse espaço estão sendo registradas fotos de todas as mães de bebês internados na UCI, na Maternidade e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica que amamentam e têm interesse em fotografar.
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Saiba mais
Para ajudar as nutrizes e futuras mamães, as consultoras desmistificaram algumas dúvidas comuns sobre aleitamento materno. Confira:
- Não existe leite fraco, todo leite é adequado para o bebê, desde o colostro (primeiro leite), produzido desde antes do parto até sete dias após nascimento. Esse leite é rico em anticorpos, até a formação do leite conhecido como “maduro”.
- Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite. Situações assim podem fazer com que a mamãe produza menos ou mesmo que o reflexo de descida do leite seja inibido. Os hormônios do estresse são capazes de dificultar a ação da prolactina (produção) e da ocitocina (descida do leite).
- O ato de pegar sol no peito é muito benéfico. Dez minutos por dia já são o suficiente. O horário ideal é entre 8 e 10 horas da manhã ou entre 15 e 16 horas.
- A alimentação da mãe pode provocar cólicas no bebê. Sabe-se que o cacau (chocolate), café e bebidas estimulantes, alcoólicas ou à base de cola, não devem ser consumidos pois podem estimular o funcionamento do intestino e gerar cólicas. A dieta da mãe deve ser completa e balanceada. Se possível, convém realizar um diário alimentar, onde se identifica possíveis gêneros alimentícios que causaram cólicas no bebê.
- O silicone não atrapalha a amamentação.
- Aplicação de laser na mama auxilia na cicatrização. O laser de baixa potência tem se tornado promissor nos cuidados com as mamas. Ele ajuda em problemas como dor ao amamentar e fissuras mamárias.
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Nas unidades de saúde
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Entre as iniciativas estão o repasse de orientações em sala de espera para mães e gestantes, distribuição de panfletos e exibição de vídeos informativos nas recepções das unidades de saúde, além de decoração especial alusiva ao período.A maternidade também foi decorada com balões dourados e cartazes informativos alusivos à campanha. Além disso, foram distribuídos bombons às puérperas internadas na instituição com mensagens de conscientização e incentivo ao aleitamento materno.
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