O verão está se aproximando e dezembro se torna o mês apropriado para falar sobre câncer de pele. A temática está sendo abordada em todas as unidades da rede de atenção básica à saúde de Santa Cruz do Sul. Um folheto com informações sobre a doença foi elaborado pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) Faxinal e está sendo distribuído em todas as unidades municipais de saúde, que também contam com decoração alusiva ao assunto.
Conforme a supervisora médica da Atenção Básica, médica Clauceane Venzke Zell, a ação busca levar esclarecimentos aos pacientes e instrumentalizar agentes para as visitas domiciliares durante o mês de dezembro. “E claro, nas consultas médicas e de enfermagem, também se tem tido um olhar especial, não somente nesta época, mas em todos os meses, de qualquer lesão cutânea que possa ser suspeita”.
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Nestas situações, o paciente é encaminhado para a realização de biópsia, exame que permite identificar se a lesão é ou não câncer de pele. Clauceane salienta que o município registra um número significativo de casos, muito disso devido também ao fato de muitas pessoas da população possuírem pele, cabelo e olhos claros, fatores que tornam os sujeitos mais suscetíveis à doença. “Embora o câncer possa acometer qualquer tipo de pele, pessoas com estas características têm uma chance maior ainda de desenvolvê-lo.
Por isso é importante abordar o tema e identificar precocemente os casos, porque assim a gente consegue fazer um tratamento não tão agressivo,”, explica. Ela também destaca a alta incidência de casos entre agricultores e trabalhadores da construção civil.
Além disto, quando a detecção ocorre durante o estágio inicial, são maiores as chances de cura completa. “Existem vários tipos de cânceres de pele, alguns mais agressivos, outros nem tanto. Mas o importante é a gente identificar precocemente para poder instituir a terapêutica adequada”, defende a médica.
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De acordo com Clauceane, quando é diagnosticado um melanoma, o câncer mais grave de pele, uma abordagem mais agressiva é necessária, por ele ser capaz de levar metástases para outras partes do corpo e causar um comprometimento muito maior do paciente. “É importante que as pessoas que tiverem dúvida sobre alguma lesão vão até as unidades de saúde e se informem”, argumenta.
O material oferece recomendações sobre como se proteger do sol, apresenta mitos e verdades, fatores de risco e dados relacionados à doença. O câncer de pele corresponde a 27% de todos os tumores malignos no Brasil (fonte: INCA) e quando descobertos no início, 90% dos casos têm cura. Um outro ponto do folheto é a orientação sobre como identificar lesões suspeitas, de forma irregular, de crescimento rápido e com coloração diferente. Mas o ponto principal, salienta a médica, é procurar a unidade de saúde em caso de qualquer suspeita. “Nossos profissionais saberão olhar o caso para dar a orientação correta ao paciente”, concluiu.
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