O dólar alternou pequenas altas e baixas ao longo de toda a sessão de negócios desta quarta-feira, 7. Apesar de uma aposta cautelosa na absolvição da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a percepção foi de que o processo de julgamento será longo, com possibilidade de recurso que leve o tema para o Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse compasso de espera, o volume de negócios se manteve reduzido.
O dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,06%, cotado a R$ 3,2747, depois de ter oscilado entre a mínima de R$ 3,2652 (-0,35%) e a máxima de R$ 3,2864 (+0,30%). Os negócios na clearing de câmbio da B3 somaram US$ 661,1 milhões.
“Por mais que as coisas estejam sob controle, é natural que o mercado mantenha a cautela até o desfecho da chapa Dilma-Temer. Tudo indica que haverá absolvição nesse caso, mas seja qual for o resultado, sabemos que ele não termina nesta semana. O julgamento provavelmente terminará no STF”, disse Ricardo Gomes da Silva, diretor da Correparti.
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O profissional afirma que essa previsão de um julgamento mais demorado também prolonga um sentimento de desconforto no mercado Esse desconforto não se traduziu em alta justamente porque prevalece a aposta em uma absolvição e, em última análise, no bom andamento das reformas estruturais.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou acreditar que a reforma da Previdência possa ser votada ainda este mês. E o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse ser possível acelerar a tramitação da reforma trabalhista e pular a apreciação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Dessa forma, o texto pode seguir da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na qual tramita atualmente, diretamente para o plenário.
O cenário externo também exerceu influência sobre o câmbio, especialmente nos momentos de alta. A principal foi a forte desvalorização dos preços do petróleo, em meio a preocupações em torno do aumento na produção dos Estados Unidos. Relatório semanal do Departamento de Energia (DoE) norte-americano indicou uma alta de 3,295 milhões de barris nos estoques do país, contrariando a previsão de queda de 3,5 milhões.
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